terça-feira, 22 de janeiro de 2013

7º CAPITULO “Prova de amor” – AMOR EM GUERRA


Os dois olhavam a lua nesse mesmo momento, eles estavam conectados mesmo distantes, mesmo estando quilômetros separados, nesse momento, eles eram um só.
Assim que o sol nasceu Joe recebeu autorização para dormir, porem não foi por muito tempo, antes mesmo de meio-dia ele foi acordado novamente, era hora do treinamento, eles precisavam estar preparados para o grande ataque que fariam em alguns dias. A constante correria estava deixando Joe claramente mais cansado, mas do que ele já ficara, pois agora não era só a pressão por parte dos comandantes que o estava torturando, sua indecisão também.
Na última noite Joe tivera muito que pensar e decidiu que iria ficar para esse ataque e depois que ele acabasse ele voltaria para casa, sabia que não seria fácil para sobreviver longe da batalha e também que teria que se virar para continuar a sustentar a família, mas ele ainda era jovem, ele poderia muito bem fazer isso, não é verdade?

_ Capitão Rick. – chamou Joe, entrando na barraca em que Rick estava. Rick é um homem alto e bem forte, sua aparência combinada com seu tom de voz alto e grosso, com o sua aparência bruta e seu tom de voz constantemente autoritária costuma fazer com que as pessoas se assustem, o que não é tão errado assim, ele está longe de ser a pessoa mais sensível ou mais gentil que Joe já conheceu, mas com paciência se pode descobrir um bom coração neste homem.
_ Sim soldado Joseph. – respondeu. _ O que lhe trás aqui? – perguntou, se afastando da grande mesa de madeira, não muito bem acabada, que rangia quando alguém colocava algo em cima ou a encostava, cheia de papeis, planos de batalha, mapas...
_ Eu só queria anunciar a minha desistência do exercito após este último ataque. – falou Joe.
_ Tem certeza? – perguntou Rick.
_ Sim senhor. – respondeu. Rick já era capitão do exercito há muito tempo, já havia visto muitas pessoas desistirem e ele odiava quando isso acontecia, porem ele nunca tinha ficado tão surpreso como agora, ele nunca imaginava que Joe seria capaz de se desvincular do exercito.
_ Eu duvido que tenhas tanta certeza. – falou Rick. Joe não o respondeu, no fundo ele não queria fazer aquilo, mas ele não poderia deixar Demi sozinha e não tinha como ficar com ela e no exercito no mesmo tempo. _ Eu vou lhe dar um tempo para que você possa pensar melhor.
 _ Desculpe-me capitão, mas eu já pensei.
_ Ainda sim, depois do ataque você me dará sua resposta definitiva. – disse Rick firme, não daria para Joe o contrariar, Rick era seu superior, sua ordem era lei.
_ Tudo bem senhor. – falou, dando o braço a torcer. _ Com licença. – falou se retirando da barraca. Tão pouco adiantou tomar coragem, ele continuava como no começo, ele sabia que com esse tempo lhe dado poderia o fazer mudar de ideia, mas ele tentaria manter-se firme com sua decisão.

--
_ Não ria de mim doutor. – pediu Demi. _ Eu sei que ele ainda está pequeno, mas eu já consigo ver um pouco dos seus detalhes. – falou, se referindo à imagem no ultrassom, Demi jura que já pode ver seu rosto e seu corpinho bem miúdo.
_ Não estou rindo de você. – defendeu-se o médico. _ Todas as mães me dizem a mesma coisa. – falou. _ Vocês conseguem ver até melhor que eu, que passei anos estudando. – falou bem humorado.
_ Você deve nos achar loucas. – disse Demi.
_ Não, claro que não, vocês costumam estarem certas. Por exemplo, o ponto que você apontou como sendo a cabeça do bebê está certa, aqui realmente está à cabeça do bebê. – confirmou o doutor, apontando o ponto certinho, exatamente o que Demi havia apontado minutos atrás. Demi abriu um sorriso imenso.
_ Eu lhe disse que posso ver. – falou.
_ E eu não tenho duvidas de que possa.
                                               (...)
Demi havia dado todas as aulas no turno da manhã e um dos horários no turno da tarde, depois pediu permissão para ir ao consultório medico para fazer o exame. Esta era a vantagem de trabalhar na escola publica, quando ela precisava pedir licença, ou para aproveitar o tempo em que o marido estava em casa ou para, como hoje, ir ao consultório, ela podia, e isso sem por seu emprego em risco, isso se seus alunos continuassem a ter boas notas, ajudando para o crescimento da media educacional nas pesquisas que fazem no fim do ano.
Assim que saiu do consultório Demi voltou para a lanchonete da amiga, que já estava arrumando tudo, pronta para fechar.
_ Atrapalho muito se eu entrar? – perguntou Demi na porta da lanchonete.
_ É claro que não. – disse Miley, feliz por ver a amiga. _ E então como foi lá? – perguntou.
_ Nada de mais. – disse Demi, entrando no estabelecimento.  _ Ele deu os resultados dos exames que eu tinha deixado lá e fiz mais um ultrassom. De acordo com os exames eu estou muito bem. – disse rindo.
_ Isso é ótimo amiga.
_ Acho que alguém aqui deveria estar um pouco mais eufórica, afinal é hoje que uma pessoa muito aguardada chega não é?
_ Awn nem me fala. – disse se dando por vencida e extravasando toda sua euforia. Miley parecia uma criança, seu sorriso grande e apaixonado, seus olhos brilhavam e se ela estava parada, ela começava a dar pequenos pulinhos, isso se ela ficasse parada, já que para tentar se controlar ela fazia tudo o possível para se distrair, até mesmo ajudou na cozinha, coisa que como dona da lanchonete ela não fazia muito, apesar de cozinhar muito bem, ela preferia ficar perto do caixa, para ver se tudo estava indo bem ou andando pelo lugar, para saber se os clientes estavam satisfeitos ou não com o serviço. _ Meu coração está a ponto de explodir, eu quero tanto ver ele novamente.
_ Eu tenho certeza que ele deve estar tão ansioso quanto você. – disse Demi, abraçando a amiga.
_ Quando ele chegar eu vou agarrar ele bem forte e ninguém vai poder me separar dele. – falou ela, abraçando a amiga bem forte, como se demonstrasse como faria quando vesse o marido.
_ Eu também gosto muito de você, mas isso não faz com que eu não precise de ar. – falou Demi com um pouco de dificuldade, Miley realmente tinha posto força de mais no abraço.
_ Desculpa morena, eu me empolguei. - disse soltando-a
_ Percebi. Você quer que eu vá com você ou lhe ajude em algo? – perguntou Demi.
_ Não, pode ir para sua casa e ser mimada pela sua sogra tranquilamente, não irei lhe incomodar. – falou brincando com a amiga, já que sabia da dificuldade que Demi em receber mimos.
_ Digamos que eu tenho sorte de ter uma sogra carinhosa. – falou.
_ Ue, agora você está gostando dos mimos? – perguntou provocando-a.
_ No fundo é bom, estou ficando bem cansada ultimamente, Denise está sendo uma ajuda e tanto.
_ Cansada e fominha. – falou Miley rindo.
_ Mas respeito, eu estou alimentando duas pessoas. – falou Demi. As duas riram. _ Bom, vou deixar você fechar tudo aí para poder se preparar para rever seu amor. Tchau amiga. – despediu-se
_ Tchau morena.
JOE

Agora estávamos treinando junto com os ingleses, o grupo de Drew já tinha se juntado ao nosso, o que me fez ter com quem conversar nas horas em que tinham o tempo livre.
Passávamos as táticas do ataque, nós mostravam o mapa do local, era algo incrível, eles já tinham tudo muito bem planejado, provavelmente já sabiam deste esconderijo há muito tempo, porem só nos contaram agora, isso não é muito raro de acontecer, os lideres sempre tinham que ter muita certeza de tudo e precisavam de autorização por parte de outros lideres, bom... É uma confusão, nesse ponto até agradeço por ser apenas um soldado, pode parecer estranho eu dizer isso, mas minha função é bem mais fácil, treine e ataque, nada mais, quem pensa nas táticas, quem organiza tudo, quem encontra os inimigos são os lideres, apesar do trabalho deles ser menos ariscado é bem mais difícil e importante do que o nosso, de soldados.

Quando o treinamento enfim terminou o treinamento fui para minha barraca, desta vez eu não fui escalado para fazer a vigia noturna, aproveitaria para descansar o máximo possível. Meu braço doía, minha perna doía, meu pé doía, mas nada é mais forte do que minha vontade que lutar nesta batalha e voltar para casa para ficar junto a minha mulher e meu filho que em sete meses nasceria.


O cansaço fez com que Joe, assim que deitou-se em seu colchão começasse a dormir profundamente, ele nem mesmo trocou de roupa, apenas tirou sua botina, armas e colete, não foi tentar se limpar, coisa que não era muito simples, já que como eles estavam em um deserto com pouca água, não costumam disponibilizar muita água para eles se limparem, era o suficiente apenas para limpar o suor artificial, nada para deixa-los realmente limpos.

DEMI

Demi chegou em seu apartamento, e encontrou Denise limpando a casa.
_ Denise, não precisa ficar arrumando a casa, ela já está bem limpa. – falou Demi. Demi pouco ficava em casa, não havia muita bagunça, as únicas tarefas diárias era lavar os pratos e limpar a sujeira de Oliver, no resto uma vez por semana tirava a poeira, lavava a roupa...
_Tudo bem Demi, não tinha muita coisa para fazer, resolvi limpar um pouco. – falou. _ Você quer que eu te prepare um lanche? – perguntou.
_ Não, ainda não.

Demi foi para seu quarto, colocou uma roupa mais fresquinha, já que fazia quase 31°, voltou para sala e se se sentou à mesa, ela iria escrever uma carta a Joe.

Fort Bragg, 22 de janeiro de 2013
Querido Joe,
         Não faz nem mesmo três dias completos que você se foi e eu já sinto muito a sua falta, queria tanto estar do seu lado agora e me arrependo tanto por ter perdido o pouco de tempo que nós temos juntos brigando, fui um erro que cometi e peço desculpas por isso, não duvide de que eu te amo.
         Hoje novamente fui ao medico, ele me deu alguns resultados de exames que eu já havia feito, tudo está indo muito bem, eu e o bebê estamos com saúde. Eu também fiz mais um ultrassom. Eu sei que pode parecer bobagem, mas eu consigo vê-lo e é tão fofo, nosso bebê vai ser o mais fofo do mundo. Aproveitei e o pedi para tirar as imagens para eu poder lhe enviar. Está vendo esta foto aí em baixo? É o nosso filho.

         Não sei você, mas eu consigo enxergar seus detalhes sem dificuldades, mas caso você não consiga, está vendo uma setinha ali? É a cabecinha.
         Não vejo a hora de poder tê-lo em meus braços, espero que possa vê-lo e carrega-lo também, mesmo que não fiques todo o tempo junto comigo, já que tens o exercito, espero que deixem você me acompanhar o máximo possível. 
           Sei que serás o herói que tanto quer, sei que nosso filho se orgulhará do pai que tem, assim como eu me orgulho do meu marido.
         Eu te amo muito,
                   Beijos, Demi.

Demi ainda tinha medo do que poderia acontecer, tem medo de perder Joe, mas ela estava tentando com toda sua força controlar esse sentimento de medo e dar um espaço para que ele pudesse pensar, não era fácil, mas ela estava tentando. Ela sabia que para Joe seria difícil largar a guerra, ela não entendia muito, pois ela odiava a guerra e achava irracional ele ter duvidas de que decisão tomar, mas ela não podia fazer nada, ela sabia que Joe adorava o que fazia, e por isso decidiu dar-lhe uma chance para pensar, essa seria sua prova de amor.
                CONTINUA...
Me sinto só,
Mas sei que não estou
Pois levo você no pensamento
Cedo ou tarde – NX0

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Oi gente, ficarei um pouco de tempo sem postar, meu computador está dando um probleminha novamente, nada grave, vai ser consertado logo, mas isso me atrasará um pouco mais, acredito que entregarei o próximo capitulo até sábado, e no dia 28, em comemoração ao Lovatic Day eu tentarei postar 2 capítulos. J
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjsss

Um comentário:

  1. cap perfect...

    to quase chorando aki, tadinha da demi

    bjo bjo e posta logo

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