domingo, 14 de abril de 2013

29º CAPITULO “Seu anjo da guarda” – Parte 2 (última) – AMOR EM GUERRA


E agora, era questão de horas para que o pior pudesse acontecer...

Mais um dia, nada de incomum, a cansativa rotina seria seguida com perfeição. Mas todo o dia é um novo recomeço que nos dá oportunidade de mudanças de surpresas, algumas boas, outras nem tanto...
Demi acordara cedo, assustada, havia tido um pesadelo, ou quem sabe uma premonição...

DEMI

Lá estava ele novamente em meus sonhos, tornando-os pesadelo. Em seus olhos eu podia ver o ódio, a raiva, um rancor. Sim, isso é o que ele sente por mim. Eu o provoquei da forma mais suja e profunda possível, e agora eu tenho que pagar, da forma mais dolorosa imaginável.
Eu não estava enxergando muito bem, minha visão estava embaçada, e eu nem mesmo sei o porque, mesmo assim eu ando descontroladamente para fora do prédio, escuto chamarem meu nome, mas ignoro as chamadas, finjo-me de surda. Assim que passo pela porta, eu paro por um instante, semicerro meus olhos na busca de melhor focalização, mas é inútil, o que quer que esteja tapando parcialmente minha visão não tem a intenção de sair rápido.
Volto a andar, sem rumo, sinto-me observada, mas não sei por quem, nem adianta eu tentar olhar, pois minha visão segue embaçada. Mesmo com pouca visão consigo ver as pessoas pelas qual eu passo pela rua, me olhando com curiosidade, nenhuma se atreve a se aproximar, ninguém pergunta se eu estou bem.
Andei tanto que nem mais sei onde estou, não sei voltar de onde vim, nem sei como chegar ao lugar que eu queria ir, se é que existia um.

Eu não sei muito bem o que aconteceu. Foi tudo muito rápido. De um instante a outro minha visão estava clara, nem sinal de que a um momento já esteve embaçada.
Eu o vi, bem em minha frente, não tinha seu riso frio que sempre teve, mas tinha o olhar serio e raivoso, que me deixara bem assustada.
Ele não se moveu, mas eu sei que ele fizera algo comigo, pois sinto um forte baque do lado esquerdo do meu corpo, e começo a cair no chão. Ele ri vitorioso, eu sinto o sangue quente escorrendo, sinto a dor, como a de ossos quebrados, eu sinto medo.

Eu tentava lembrar-me de que tudo não passava de um sonho, nada daquilo fazia sentindo, sonhos nunca fazem. Uma vez eu li que os sonhos não são nada a mais do que pensamentos constantes ou reprimidos, medos ou sonhos que guardamos para nós, não existe isso de premonição, nem coisas do gênero. O será que existe?
Logan, Miley e Denise ainda dormiam quando acordei, afinal de contas, ficamos até tarde falando sobre a bebê, o momento não era propicio, mas Logan nos obrigou a fazer uma mini festinha em comemoração ao descobrimento do sexo do bebê. Denise, Logan, Miley e eu pedimos pizza, jogamos uns jogos de tabuleiro, assistimos a uns filmes, a maioria de terro – talvez esse último tenha contribuído para o meu pesadelo. – quando nos demos conta, já se passava das três da manhã, Miley acabou dormindo aqui, no meu apartamento.
Mesmo tendo comido uns quatro pedaços de pizza ontem à noite, o meu recorde - já que nunca consegui terminar o segundo. – eu acordei com muita fome, que parecia que eu não sabia o que era comida há semanas.
Nem mesmo fiz minha higiene pessoal da maneira correta e já sai correndo para a cozinha, abri a geladeira e ela não estava muito abastecida, como eu vivia do hospital para o apartamento eu não estava fazendo as compras do mês, acabei comendo dois pães de forma com queijo, não que seja ruim, é muito bom para dizer a verdade, mas não era o que eu queria, eu queria algo que me dessa mais sustância, mas não faça ideia do que seja. Comi uma maça, mesmo sabendo que não era o que eu queria, depois comi o resto de um biscoito salgadinho que estava pela metade da embalagem, valia tudo para que minha fome fosse saciada.

Depois de meia hora que Denise acordou. Eu já tinha me acalmado e já não estava procurando comer mais, quando parei com toda aquela gula comecei a me sentir mal, mais um gole de água e eu vomitaria a minha alma.
_ Acordou cedo Demi. – comentou Denise. _ Pensei que acordaria mais tarde, você parecia um pouco cansada ontem anoite.
_ É. Acabei acordando e não consegui dormir novamente. – menti. Não queria preocupá-la com bobagens. _ Você também acordou cedo, não é nem sete horas direito.
_ Não venho dormido muito bem ultimamente. – falou ela. _ Acho que você me entende. – eu a entendo completamente. _ Você vai querer comer alguma coisa? – perguntou.
_ Não, eu já comi. – respondi. Ela se sentou ao meu lado, no sofá. _ Você não vai tomar café da manhã? – perguntei.
_ Não, eu ainda estou cheia da pizza de ontem. – falou. Um breve silencio predominou na sala, Oliver dormia no meu colo, a TV estava desligada, e tanto Denise quanto eu não falamos nada uma com a outra, não que nos faltasse assunto, mas talvez porque o assunto em que tínhamos para falar era justo o que mais queríamos evitar, pois nos faz mal.
 Comecei a acarinhar minha barriga, eu mal podia esperar para sentir o chute desta criança que carrego, eu tenho vontade de começar a comprar as roupinhas, de montar o quarto, mas ao mesmo tempo me sinto tão desanimada, eu não queria fazer isso sozinha. Tudo bem, tem a Denise, meu irmão e a Miley, e talvez, quem sabe, meu pai, mas acho que não é novidade que eu queria ter Joe ao meu lado.
_ Eu estava querendo falar com meu pai e com Paul hoje. – comentei.
_ Seu pai vai ficar feliz em saber. – falou dando de ombros. Falar o nome de Paul era como uma ofensa grave quando Denise estava por perto, do meu pai ela não reclamava muito, mas só por que ela me respeita, pois eu sei que ela também está muito decepcionada com ele. Assim como eu, Denise também ficou muito surpresa quando meu pai se posicionou a favor de Paul. Foi um tiro em nossas costas.

Miley não demorou muito para acordar, já Logan, aquele folgado, acordou quando já se passava de meio dia.
 Antes de irmos para o hospital, passamos no restaurante de Miley, e lá almoçamos.
Logo depois Logan, Denise e eu partimos para o hospital, Miley prometera que iria mais tarde.

Ir para aquele hospital desde o começo não foi agradável, mas ultimamente se tornou insuportável. Havia se criado uma espécie de duas ilhas nos corredores daquele hospital, de um lado ficavam os que eram a favor do desligamento das maquinas que mantinham Joe vivo, e do outro lado ficavam os que eram contra, e Logan ficava sendo jogado de um lado a outro.
Ninguém falava nada, ninguém fazia nada, o clima era tenso, triste e nervoso. Um movimento, um comentário em falso, era capaz de explodir uma mistura de sentimentos, com direito a gritos e lagrimas.
Talvez por essa divisão, quase que sagrada, que se formou, foi tão surpreendente quando Paul se aproximou de Denise querendo conversar em particular com ela, logo após o fim do horário de visitas.
Não foi só eu que pensei desta maneira, pelo olhar que Denise me lançou a se levantar da cadeira, eu pude ver que ela também acreditava que Paul queria se reconciliar, que iriamos enfim entrar em um acordo.

Isso me deu uma coragem a mais, assim que Denise e Paul desaproximaram de nós, para conversarem, me aproximei de meu pai, falarei com ele e tentarei entrar em um acordo.

_ Pai. – chamei-o, a minha voz, tremula e baixa, entregou meu nervosismo. Em resposta, meu pai, que estava de cabeça baixa, olhando para o chão, levantou seu rosto e olhou para mim com um olhar surpreso. _ Eu queria falar com o senhor. – disse.
_ Sente-se. – disse ele, indicando a cadeira a seu lado. Sentei-me. _ Demi... Eu não quero brigar mais, viu? Se for para discutir é melhor nem começar. – atacou-me logo de primeira.
_ Não. Eu não estou aqui para brigar. – falei. _ Na verdade eu queria lhe dar uma noticia. – falei. Ele me olhou confuso.
_ Uma noticia?
_ Ontem eu fui ao meu médico. – comecei a dizer.
_ Esta tudo bem com o bebê? – perguntou ele, deixando transparecer sua preocupação. Nós podíamos estar brigados, mas ambos ainda nos preocupamos um com o outro.
_ Claro, o bebê esta bem. – falei dando um sorriso, para acalma-lo.
_ Então...
_ Pois, eu pedi para o médico tentar descobrir qual era o sexo do bebê e ele conseguiu. – falei com mais entusiasmo na voz. Ele também ficou feliz, seu rosto se encheu de alegria, pareceu-me como a luz do sol nascendo por trás das montanhas. O que era uma cara fechada e triste se transformou em um rosto feliz e curioso.
_ E então? Qual é o sexo do bebê? – perguntou.
_ Eu estou esperando uma menininha. – falei, na verdade, quase gritei.
A reação não foi muito diferente das outras, sorrisos, abraços... Mas ainda sim, para mim, a reação dele, naquele momento, foi a mais importante, pois só eu sei o quanto senti falta dele; talvez, assim que Denise e Paul se conciliassem, eu e meu pai voltaríamos a nos relacionar como antes. Como pai e filha.

--
Talvez esse fosse o inicio de um final feliz, quem sabe, com os pais reconciliados e com Demi e Eddie voltando a serem pai e filha, Joe conseguisse se recuperar. Quem sabe essa historia já está acabando e a famosa frase “e viveram felizes para sempre” logo será dita? O que poderia atrapalhar agora? Enfim as coisas estão começando a se normalizar, não é mesmo?
Não.
Denise volta para o corredor, em que estavam Logan, Demi e Eddie, aos prantos, ninguém vê Paul. Teria alguma coisa de mal acontecido entre eles? Parecia tudo tão bem.
Todos perguntavam para Denise o que estava acontecendo, mas ela, não conseguia falar, seu choro era compulsivo, as suas únicas pausas eram nas horas dos soluços, resultante de tanto desespero.
Foi como uma luz, ou talvez um pressentimento, quem sabe pura observação. Logan não viu, mas Demi percebeu. O único tranquilo naquela historia era Eddie, seja lá o que estivesse acontecendo, ele sabia, e pelo visto não era boa coisa. Prova foi que, assim que Demi virou-se para o olhar o pai, Eddie, que até então estava feliz, - pois descobrira que seria avô de uma menina -, olhou para outro lado, como se tentasse esconder seu olhar, como se tivesse vergonha ou medo de olhar para a própria filha. Sim, ele sabia o que estava acontecendo, e Demi não pensou duas vezes antes de questionado.
_ Pai o que esta acontecendo? – perguntou. _ Pai! – gritou, nem mesmo se importou por estar em um hospital.
_ Não sei. – respondeu, ainda sem olhar para a filha, é claro que Demi não acreditou.
_ Eu sei que você sabe pai, por que Denise esta assim? O que Paul a disse? – perguntava, Demi se aproximou ainda mais do pai, e tentava o encarar, mas ele se esquivava de seu olhar ferozmente. _ Por favor, pai, me diga. – pediu.
_ Eu. Não. Sei. – mentiu.
_ Pai! – gritou. Demi já estava nervosa, queria ajudar Denise, mas não sabia o que fazer, sua sogra não estava em condições de se comunicar, e seu pai, o único que poderia ajuda-la, se recusava.
_ Eu não vou dizer! – respondeu aos gritos. Eddie também ficou nervoso e ao perder a cabeça fez o que ninguém nunca imaginaria que ele poderia fazer.
Talvez não tenha sido culpa dele.
Demi estava perto demais, assim que ele se levantou, de maneira estupidamente violenta, acabou empurrando-a, Demi caiu no chão. Eddie podia muito bem ter parado para ajudar a filha, mas nervoso e assustado saiu sem rumo.
Logan, acabou tendo que socorrê-la, nada a aconteceu. Denise também se assustou com a situação e com isso conseguiu parar um pouco o choro.
_ Demi você esta bem? – perguntou Logan, assim que a levantou.
_ Denise o que aconteceu? – perguntou Demi, ignorando o irmão. Ela ainda estava transtornada.
_ Paul alegou para o juiz que eu não tenho condições de decisão, por eu ter dito que senti Joe, o juiz aceitou a alegação dele, os únicos que podem decidir algo agora é você e ele. – respondeu Denise. Ela tinha falado tudo engasgado, pois ainda chorava, as palavras faziam voltas na cabeça de Logan, mas para Demi ficou claro que o que ela quis dizer. Não havia conciliação, no houve meio senso, Paul jogou sujo, ele queria acabar com tudo de uma vez por todos, e não estava se importando em pisar em cima daqueles que mais o amava.

DEMI

Eu não estava enxergando muito bem, minha visão estava embaçada, mas eu não conseguia parar de chorar, mesmo assim eu continuei andando descontroladamente para fora do prédio do hospital, escutei Logan e Denise chamarem meu nome, logo atrás de mim, mas ignorei-os, finjo-me de surda. Assim que passei pela porta, eu parei por um instante, semicerrei meus olhos na busca de melhor focalização, mas é inútil, enquanto eu não parar de chorar eu não conseguirei enxergar nada.
Voltei a andar, sem rumo, senti-me observada, mas não sei por quem, e nem adianta eu tentar olhar, minha visão segue embaçada.
 Mesmo com pouca visão consigo ver as pessoas pelas qual eu passo pela rua, me olhando com curiosidade, nenhuma se atreve a se aproximar, ninguém pergunta se eu estou bem.
Andei tanto que nem mais sei onde estou e eu não sei voltar de onde vim, nem sei como chegar ao lugar que eu queria ir, se é que existia um. No começo pensei em ir atrás de Paul, brigar e pedir explicações, talvez até mesmo amaldiçoa-lo, se assim eu pudesse. Como ele fez isso com a própria mulher? Que tipo de marido e pai ele é? Também pensei em ir atrás de meu pai, eu nunca o tinha visto daquele jeito, nem em seus momentos de mais desespero, porque ele tinha mudado tanto de uma hora para outra? Quem era aquele homem que me empurro hoje? Eu me recuso a acreditar que era ele.

Eu não sei muito bem o que aconteceu. Foi tudo muito rápido.

JOE

Eu me controlei por todo esse tempo, eu estava fazendo o melhor que podia, minha presença piorava tudo, mas agora me vi obrigado a agir ou algo pior poderia acontecer.
Toquei-a, toquei-a na tentativa de salva-la. Eu iria tentar, pois eu tinha que cumprir uma promessa que a fiz. Era hora de eu ser o seu anjo da guarda.

                CONTINUA...

Parte dois postada, espero que tenham gostado, já venho avisar que esta fic já esta chegando a sua reta final, provavelmente não chegará a ter 40 capítulos, mas pode ser que eu me empolgue um pouco.
E então o que vocês acham que vai acontecer? Quero opiniões!
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjsss



Juh Lovato: hahaha pois é, o Rick não vai deixar a Demi em paz, que bom que você gostou linda. Bom, vamos esperar para ver, nos próximos capítulos muitas coisas acontecerão. Muito Obrigada por comentar. Bjss.
Eriimiilsa: hahaha OMG. Realmente o Rick vai aprontar agora, suas suposições não estão certas, mas também não estão totalmente erradas. Muito obrigada por comentar linda. Bjss.

2 comentários:

  1. Estou aos prantos e com
    Um nó na garganta. Que capítulo é esse mulher... Lindo lindo lindo. Nem sei o que mais dizer. Posta mais um

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  2. Ah como a Demi sofre muié deixa ela ser feliz um pouco,Joezinho meu amor acorda logo vc tem duas princesas pra cuidar agora =)

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