quinta-feira, 30 de maio de 2013

7º CAPITULO “Tudo ficará melhor” – Aprendendo a Amar


_ Wilmer. – interrompi-o. _ Não se pode sentir falta do que nunca se teve.

10 de dezembro de 2000
Poderia parecer um momento mãe e filha como outro qualquer, ambas se arrumando no quarto e conversando. Seria lindo se não fosse uma completa ilusão. Aquelas eram Diana e Demetria Lovato, claro que as duas juntas não estariam se relacionando com amor. Tudo bem que Demi estava fazendo o seu melhor para agradar a mãe, seus 8 anos de pura inocência ainda não a permitia enxergar o quão maligno aquele plano que ela fora designada a cumprir era. Os pais necessitavam de Demi para poder manter o nome da família limpa perante a sociedade e a impressa, e também para poder destruir com a vida daquele que ousou a suja-la. Ela não sabia, mas aquela seria a primeira vez de muitas, um ciclo de mentiras começaria ali. Um ciclo, vicioso e destrutivo.

_Você entendeu bem o que tem que dizer, não é? – perguntou Diana.
_ Mas isso é mentira. – protestou Demi.
_ Mas você terá que fazer com que pareça verdade. – disse Diana, enquanto ajeitava o vestido que escolhera para a menina. Um vestidinho branco, com delicados bordados de flores, na borda, combinada com um sapatinho de pequeno salto branco e uma tiara também branca, que se destacava entre a os cabelos lisos e pretos de Demi. Um verdadeiro anjinho.
_ Mas Maria me ensinou que não se deve mentir.
_ E você vai escutar Maria? Ela é apenas uma empregada, eu sou sua mãe, você me deve obediência. – falou Diana, já irritada com Demi.
_ Mas...
_ Cale-se. – interrompeu. _ Apenas faça o que eu te disse para fazer e no final você receberá o presente que você quiser, desde que siga todas as regras, entendeu Demetria? – Demi calou-se. _ Então vamos repassar a historia. – disse Diana, sentando Demi na cadeira de seu quarto e se pondo de pé frente a menina, se a intensão foi intimida-la, sem duvidas havia conseguido. _ Se te perguntarem o que você fez de errado, o que você responderá?
_ Que eu destruí todo o planejamento de trabalho dele enquanto brincava de tinta em seu escritório. – respondeu a menina, já querendo chorar. Sua voz saia como um fio e ela não conseguia olhar para a mãe, primeiro porque o olhar de Diana a intimidava e depois porque estava envergonhada por mentir.
_ Se te perguntarem se a foto que saiu de seu pai lhe agredindo é verdade ou não, o que você responderá?
_ Que é falsa, que meu pai nunca me agrediu, ele apenas brigou comigo e me pôs de castigo.
_ Se te perguntarem sobre o machucado em seu braço?
_ Eu direi que foi culpa do nosso motorista.
_ E se perguntarem o que aconteceu com o motorista que lhe machucou e porque ele te machucou?
_ Eu direi que ele era um péssimo motorista que ele sempre foi mal comigo, e que eu sempre tive medo de contar para vocês o que ele fazia comigo e só agora vocês o tinham descoberto e quando descobriram o despediram na hora.
_ Tem mais coisa...
_ Vocês ficaram chocados e muito preocupados comigo.
_ Mais...
_ Vocês me amam muito, jamais fariam ou desejariam mal a mim. – finalizou Demi.

Tudo aquilo era mentira, nem mesmo chegava perto de ser verdade.
Eddie em um dia de nervosismo se estressou com Demi, porque ela simplesmente lhe queria mostrar um desenho que havia feito na escola. Eddie explodiu, gritou com Demi e a agrediu fisicamente. Isso não era tão incomum assim, Eddie não tentava se controlar e nem escondia suas agressões a Demi quando estava em sua casa. Cansado de ter que presenciar tal covardia, Alexandre, motorista da casa, secretamente tirou fotos do acontecido, logo aquelas fotos foram parar para toda a imprensa. Eddie fora massacrado pelos jornalistas. Para limpar seu nome, Eddie inventou toda uma história que pudesse justificar todo o acontecido, inclusive a demissão de seu motorista.

As caras feias direcionadas à Eddie não podiam ser despercebidas, todos estavam com o mesmo pensamento, como um pai podia agredir uma menina daquela maneira?

Como se tivesse previsto, os jornalistas fizeram as mesmas perguntas que Diana havia feito Demi treinar para falar, poucas coisas foram mudadas e sempre que a menina dava sinais de que ia gaguejar ou não sabia como responder, Diana intervia e crescia a mentira.
Demi chorou e quase não tinha olhado para câmera, sentia-se envergonhada e muitos interpretaram aquilo como o medo que a menina tinha de seu motorista ou sua timidez de menina pequena.

Alguns acreditaram, muitos duvidaram, mas no fim o falatório mudou de “Eddie agrediu a filha” para “A filha Lovato é agredida pelo motorista”.
Alexandre nunca mais conseguiu um emprego descente...

(...)

_ Parabéns Demetria. Você fez do jeito que eu lhe pedi. – parabenizou Diana, assim que retornaram a casa. _ Pode pedir o que você quiser. Eu e seu pai lhe daremos o que você quiser. – Demi já não chorava mais, ainda estava triste, mas já havia se acalmado, afinal aquele torturante interrogatório havia acabado.
Demi pensou um pouco, dando tempo para que seu pai também entrasse na conversa, a menina estava indecisa sobre o que pedir, afinal de contas ela tinha tudo, os pais sempre a deram tudo, até mesmo o que ela não queria, menos um coisa...
_ Eu quero que vocês passem um dia todo comigo. – pediu, deixando que crescesse uma animação em seu coração, imaginar-se tento um dia igual as das amigas, com os pais, fazendo piquenique, indo ao shopping, assistir filme ou simplesmente conversando, isso nunca foi possível com Demi, mas ela sempre quis.
_ Não. – disse Eddie, sem pensar duas vezes. _ Não tenho tempo para isso, não agora. – O sorriso de Demi se desmanchou instantaneamente.
_ Talvez algum dia... – respondeu Diana, dando de ombros e deixando a filha sozinha junto ao pai, que nem mesmo prestava atenção na menina, mas sim na conversa que havia começado a ter no telefone.
_ Pai. – chamou Demi, com medo da reação do pai. _ Pai?
_ Espere um momentinho Demetria. – respondeu Eddie nervoso, com a intromissão de Demi. Com medo de novamente ser agredida, Demi calou-se. _ Daqui a pouco eu te dou atenção.
Esse “daqui a pouco” nunca chegou...

Naquela noite Demi choraria sozinha em seu quarto durante horas e prometeria ser forte e não que não se curvaria tão fácil aos pais. Levou alguns anos para que conseguisse cumprir sua promessa – pelo menos parte dela –. Não era de hoje que Demi sofria com a rejeição dos pais, mesmo pequena sabia que eles não iriam mudar, então por isso Demi decidiu mudar a si mesma.

Agora

Meu dia já estava péssimo, mas era claro que iria piorar.
Novamente fui despertada pelos enfermeiros de madrugada, mais torturantes seções de fisioterapia, e como se já não fosse tristeza de mais para só um dia, pela primeira vez, cumprindo uma promessa, lá estava ela, parada ao meu lado. Diana, a mulher que se diz minha mãe, demonstrando todo o seu “amor”. O grande e falso amor...


Ignorar sempre foi a minha melhor tática, isso não é fácil, principalmente se a pessoa na qual você esta tentando ignorar esta gritando bem ao seu lado. Se há uma coisa que eu odeio na minha mãe é isso, ela nunca fala comigo normalmente, ela sempre grita, a não ser, claro, quando ela precisa de um favor meu.

_ Você sempre dá um jeito de se superar, não é Demetria? – gritava Diana. Ela andava de um lado para o outro do quarto em que eu estou internada, eu não olhava diretamente para ela – o que a deixa mais irritada ainda -, mas de canto de olho podia ver seu descontentamento e desespero. _ Você sempre esta fazendo as coisas erradas, você nunca acerta nada, você quer destruir a nossa família! – acusou-me. _ Demetria olha para mim! Escute-me! – gritou. Virei os olhos. _ Tudo tem um limite e você já ultrapassou a todos!... Demetria. Olha. Para. Mim. – tornou a gritar, a contra gosto olhei-a. Fitamo-nos por um longo minuto, eu podia ver o fogo da raiva em seu olhar sobre mim, ela estava pronta para explodir... Eu só não sei se estava preparada para a explosão. _ Você faz ideia de quanto custou aquele carro? – perguntou. Inacreditável. _ Você faz ideia de que você destruiu um carro caríssimo? – continuava a me perguntar.
_ Ah desculpa, eu estou mais preocupada com minha perna, que eu não consigo mover! – gritei em resposta.
_ Você esta assim porque quer. – gritou ela. Normal, nem um pouco de preocupação. Eu estava fazendo fisioterapia, presa em uma cama de hospital e minha mãe estava preocupada com um carro caro, como se ela não tivesse dinheiro o suficiente para comprar toda a fábrica. _ Como você põe um carro daquele na mão de um qualquer?
_ O Travis é meu amigo!
_ Amigo. Grande amigo esse seu, não sabe nem dirigir... Não, pior, ele estava bêbado Demetria, bêbado!
_ Eu precisava voltar para casa, ok?
_ Porque você não chamou nosso motorista?
_ Talvez porque da última vez que eu fiz isso, você e o papai me xingaram falando que os empregados da família não podiam me servir, já que eu não morava mais na casa da família. – respondi aos gritos. Eu até poderia não ser inocente nesta historia, mas ela também tem culpa no cartório, eu não vou carregar esta cruz sozinha.
Diana ficou me olhando, ela estava ofegante, ela, todavia não tinha despejado toda sua raiva encima de mim, e sua raiva havia piorado após minha última resposta. Ela odeia que a contradiga.
_ Sabe de uma coisa Demetria? Você é um erro. Você é o erro em pessoa. – disse ela, agora ela não mais gritava, porém mostrava um nojo enorme, evidenciado pela sua expressão. Eu me senti um lixo.
_ Aé? Então vai lá para sua filhinha exemplar, a Madison! – gritei, tentando me defender. Meus olhos já ardiam.
_ A Madison é exemplar mesmo! – gritou de volta. _ Já você... Você não foi planejada, não foi esperada e muito menos desejada... E olha no quê que deu? Nisso!? Você não faz nada, uma inútil e ao invés de ficar quieta, não atrapalhar, você vai lá e faz uma merda atrás da outra! Arrependo-me do dia que eu resolvi deixar você viver! – gritou alto o suficiente para que todo o hospital escutasse.  
Eu já tinha me acostumado com a rejeição, tanto por parte materna como por parte paterna, os seus xingos e reclamações costumavam entrar por um ouvido e sair pelo outro, já não me atingiam, porém nunca, em todas as humilhações que eu já passei por parte deles, eu nunca passei por uma que fosse igual a essa.
Escutar sua própria mãe dizendo que se arrepende de não ter te abortado ou matado, isso é demais, até mesmo para mim que havia prometido a mim mesmo não me deixar abalar por nada que eles dissessem.
_ Sai daqui! – gritei o mais alto que consegui. Ela se assustou com minha agressividade. _ Sai! – gritei a pleno pulmões. _ Sai! – repeti, ela ficava me olhando com cara de espanto. _ Sai! – peguei o travesseiro de minha maca e a joguei, só aí ela reagiu.
_ Não destrua este quarto garota. – gritou ela.
_ Sai! – tornei a gritar. As lágrimas brotaram nos meus olhos e saíram descontroladamente face a baixo. _ Sai! – eu já nem tinha mais força para gritar, porém ainda sim continuei. _ Sai. – ela começou a se afastar à porta, e no mesmo momento a porta abriu, enfermeiros entraram e vieram para cima de mim, tentando me controlar. _ Sai! – pude gritar pela última vez, antes que ela saísse do quarto correndo.

No fundo eu acho que foi totalmente desnecessário, eu iria me controlar sozinha, mas os enfermeiros me sedaram a força.
Quando acordei, lá estava Maria, sentada a cadeira de visitas, ela, cansada, acabara cochilando, toda sem jeito na cadeira.
_ Maria? – chamei-a com cuidado. _ Maria? – tornei a chama-la após um tempo. Só aí ela começou a se despertar preguiçosamente.
_ Oh minha pequena Demi, você já se despertou. – disse, se recompondo. _ Eu nem percebi que dormir.
_ Maria? – chamei-a, ela me olhou com seus olhos ternos, ela já sabia o que eu iria falar. _ Você escutou o que ela me disse? – perguntei, minha garganta fechou-se.
_ Oh minha linda. – disse Maria, se levantando, para que ficasse mais perto de mim. _ Ela estava nervosa, pessoas nervosas dizem o que não deveriam. – tentou justificar.
_ Maria, não tente me consolar, Diana estava sendo 100% sincera comigo ao me dizer aquilo.
_ Você vai perceber que não. Deixe as coisas se acalmarem, você vai ver que tudo ficará melhor...
                CONTINUA...


Como prometido, postado, espero que gostem.
Não sei que dia voltarei a postar, mas posso garantir que será antes de domingo.
Não se esqueçam de comentar/avaliar
P.S.: No próximo capítulo já teremos um “encontro” Jemi no presente :D




Yumi H. e Rafa S.: Muito obrigada por comentar, bjss linda J

quarta-feira, 29 de maio de 2013

6º CAPITULO “Não se pode sentir falta do que nunca se teve” – APRENDENDO A AMAR


Claro que não, ele tinha uma reputação a manter, uma foto de família perfeita diante da sociedade, ele não iria desmanchar tudo isso por mim... Mas eu também não farei nada por ele... Ele que me aguarde.

23 de agosto de 2010
Para Demetria, aquelas festas eram sempre o mesmo tedio, um velório era mais animado. Normalmente ela fugia para algum lugar escondido de todos, na maioria das vezes conseguia fazer com que algum amigo penetrasse na festa e ia se divertir com ele. Mas desta vez não dava, ela havia prometido ao pai se comportar bem e ficar a festa inteira. Seriam horas de chatice, mas Demi faria qualquer coisa por um apartamento só seu.

_ Por essa eu não esperava. – disse um homem, se sentando ao lado de Demi, na área do bar. Demi queria encher a cara, mas como sabia que não podia fazer feio, estava apenas tomando coquetéis sem álcool. Demi o olhou, porém não o reconheceu. Era um homem mais velho, a barba não estava feita, mas ainda sim não parecia sujo, até que tinha seu charme.
_ Oi? – perguntou Demi, como não se lembrava dele, pensou que talvez ele tivesse se enganado e estivesse falando com a pessoa errada.
_ Demetria Lovato em um jantar de empresários, e não desapareceu nos primeiros cinco minutos?
_ HaHa engraçadinho... – disse Demetria, como sempre, sem humor.
_ Desculpe, só achei isso bem anormal. – falou ele, fazendo sinal para que o garçom o desse mais uma dose de whisky.
_ Quem é você afinal? – perguntou Demi.
_ Wilmer Valderrama. – respondeu ele. _ Eu me lembro de você nos jantares empresariais, quando era bem pequena, você cresceu muito.
_ Eu sei que fiquei gostosa.
_ Uau, não nega o sangue. – disse Wilmer rindo.
_ Como assim? – perguntou Demi.
_ Os Lovatos, são sempre assim. Confiantes, cheios de si, você teve a quem puxar. – falou ele, tomando sua dose de whisky.
_ Eu não sou parecia com meus pais. – reclamou Demi.
_ É sim. – respondeu Wilmer, encarando-a.
_ Pois saiba que eu sou bem diferente deles, você não me conhece para dizer alguma coisa. – falou Demi, já irritada.
_ Eu conversei com você por apenas dois minutos e já consegui reviver dose anos de trabalho como empregado do seu pai. – disse Wilmer, Demi o olho sem entender nada. _ Eu sou sócio do seu pai, ou o subordinado, como alguns dizem, estou acima de todos, menos de seu pai, e ele é bem carinho com os seus empregados. Se é que você me entende. – explicou-se
_ Eu não sou igual a ele. – tornou a dizer, agora mais calma, entendendo o lado de Wilmer. Seu já tinha fama de ser o pior patrão para se ter.
_ Tudo bem Demetria, se você prefere assim. – Wilmer deu de ombros. _ Talvez você não seja tão ruim, só quase.
_ Você não sabe do que esta falando.
_ Ok, eu te desafio a provar que é diferente. – falou Wilmer, se aproximando mais ainda de Demi e a olhando fixamente, encarando-a, chamando-a para o seu jogo.
_ Eu não tenho que provar nada a você. – disse Demi, entre os dentes.
_ Que foi? Tem medo de perder? – perguntou Wilmer, se afastando novamente e tomando o último gole de whisky que estava em seu copo.
_ O que eu vou ganhar com isso?
_ Gananciosos. – falou Wilmer. _ Você é realmente uma Lovato.
_ Tudo bem. Eu vou te mostrar que sou diferente. – disse Demi se aproximando de Wilmer. Wilmer riu.
_ Boa sorte.
_ Só uma coisa antes. – disse Demi. _ Porque você esta me dizendo isso tudo? Se eu falar com meu pai você pode ser despedido.
_ Apesar de ser uma Lovato, você parece ser de confiança.

Agora

Não deveria ser nem mesmo oito da manhã quando os enfermeiros começaram a me acordar. Isso chega a ser maltrato, desde que eu me formei no Ensino Médio nunca mais acordei antes das dez, mas também nunca dormi antes das três da manhã. Eu realmente queria dar um tiro nesses enfermeiros abusados, mas não pude fazer nada, tenho que aceitar que eu estou sobre os seus comandos por agora.
Hoje seria um dia bem cansativo, terei minha primeira seção de fisioterapia, eu realmente não sei o que esperar, no fundo eu tenho medo de que não funcione.

A minha saída da cama foi algo traumatizante para mim, eu tive que ter ajuda dos enfermeiros para me carregar e me levarem para onde eu deveria ir, em uma cadeira de rodas, eu nunca tinha passado por isso antes, nunca me senti tão inútil.

Nada seria fácil, fisioterapia não é aquela coisa legal e devagar que pode parecer, mas sim chata e dolorosa. Meus movimentos estavam travados, minha perna sentia dificuldade em obedecer meus comandos, porém quando obedecia a dor era intensa. Meus ossos pareciam estar moídos, qualquer movimento doía, eu pedia para parar, mas os fisioterapeutas não deixavam. Foi um pesadelo, eu nunca passei por algo assim, e definitivamente eu não quero passar por isso novamente, o problema é que eu sei que amanhã terá mais.

_ É apenas o começo, com o tempo você nem vai mais sentir dor minha menina. – disse Maria. Assim que cheguei da seção de fisioterapia ela já estava lá no meu quarto, foi legal, porque ela me ajudou a subir na cama e eu me senti melhor com ela, pois me fez lembrar o tempo em que eu era criança e não conseguia subir na cadeira, de tão pequena que eu era, e ela me ajudava a subir.
_ Pois eu já quero desistir. – eu disse desanimada.
 Maria não é mais aquela mulher de antes, já tem mais de 40 anos e seus cabelos brancos já aparece em sua raiz, seu corpo está mais gordo, não muito, mas não é tão esbelto como antes, ainda sim ela continua sendo uma mulher muito linda e, em termos de bondade e eficiência, ela continua tão boa quanto antes. Como havia prometido, fez a copia da chave do meu apartamento e me trouxe as coisas que eu pedi, como meu notebook e meu tablet, pelo menos assim eu poderia me comunicar com meus amigos.
_ Só para te preparar, amanhã sua mãe virá aqui. – avisou-me Maria.
_ Ah não! – resmunguei, não tinha como ser pior. _ Tem certeza? Não é mais uma promessa dela? – perguntei, minha mãe tem um histórico de tratar e não cumprir bem extenso.
_ Sinto lhe informar pequena Demi, desta vez eu tenho certeza que ela virá. – respondeu. Bufei. _ É só deixa-la falar o quando quiser e não a respondes de forma mal educada, assim ela não fala muito e com isso você terá mais descanso.
_ Assim eu espero. – eu disse. Pensei em perguntar sobre meu pai, mas fiquei com medo, provavelmente ele ainda estaria na Florida, curtindo o estado, fingindo ser o pai bonzinho e desolado pelo meu acidente. _ A lerda não veio? – perguntei. Maria olhou-me feio, mas respondeu.
_ Quando eu vim, ela ainda não tinha chegado da escola. – respondeu. _ Por quê? Por acaso gostou de passar um tempo com sua irmã? – perguntou Maria, com um sorriso enorme.
_ Claro que não. – respondi. _ A menina não fala nada, parece até que é muda.
_ Mas você sentiu falta da presença dela. – afirmou Maria.
_ Não é nada disso... Eu... Só... – eu não sabia o que dizer, eu nunca gostei daquela pirralha, porque eu estava perguntando por ela? Maria deu um sorriso, ela vencera, eu realmente senti falta da presenta de Madison.
_ Não precisa dizer nada, eu sei das coisas. – falou convencida. Virei os olhos. _ Infelizmente eu acho que já vou ter que ir, seu pai vai voltar amanhã, preciso por as coisas em ordem para quando ele chegar.
_ A casa sempre esta organizada e ele nunca repara em nada, você não precisa se preocupar com nada. – disse, tentando convence-la de ficar mais um pouco.
_ Ainda sim, eu sou paga para isso, não posso relaxar no que faço. – respondeu-me. _ Amanhã eu venho junto a sua mãe e prometo ficar mais tempo. – disse Maria.
_ Não Maria. – falei manhosa.
_ Demi, eu não vou cair nessa, não hoje. – falou. _Tchau minha pequena. – despediu-se, dando-me um abraço.

Assim que Maria saiu eu tive aquele sentimento de vazio, tudo bem que agora eu tinha meu computador e também tinha meu tablet, mas eu estava me sentindo pior que ontem, talvez o fato de estar parada por tanto tempo no mesmo lugar tenha me dado um tedio muito grande.
Liguei meu notebook e fui logo entrando no facebook. Eu não sei dizer o que estava realmente esperando, mas fiquei bem decepcionada, será que ninguém se lembrou de mim? Quatro mensagens. Pode parecer o suficiente, mas eu tenho 2.743 amigos no facebook e apenas quatro se mostraram preocupados comigo. Eu nunca me senti tão vazia...
               

Eu fiquei pensando em justificativas para tal abandono. Meus amigos não são o tipo de gente muito politizada, nem mesmo muito informada, provavelmente nunca assistiram um jornal, talvez nem tenham ficado sabendo do meu acidente. Aposto que se eles soubessem minha caixa de mensagem estaria lotada, eu tenho muito amigos e eles são bem fieis a mim, claro que ficariam bem preocupados.

_ E aí? Posso entrar? – disse Wilmer na porta.
_ Já está dentro. – respondi, ele entrou de vez. Minha amizade com o Wilmer foi a mais inesperada possível. Nos três primeiros minutos que passei com ele, eu o odiei, porém, de um momento para outro percebi que ele é uma pessoa legal, apesar de já ser um pouco mais velho, ele é bem jovial, tem um espirito de um garotão qualquer, é até difícil imaginar ele trabalhando no meio daquele monte de velho, barrigudos e rabugentos, que trabalham junto a meu pai.
_ Há boatos de que você vai virar freira. – disse ele, assim que se aproximou da minha cama. Em sua mão tinha um buque de rosas e um balão escrito “Melhoras, te amo”. Olhei-o confusa. Ele me entregou o buque e o balão, achei bem fofo, apesar de isso parecer romântico demais para mim e eu não sou uma pessoa muito romântica, fora que não cairia muito bem para nós, já que somo apenas amigos.
_ Muito obrigada, são lindas. – eu disse.
_ Eu sei que você odiou, você odeia esses tipos de coisa. – respondeu ele.
_ Não, serio, eu gostei. – insisti. Tudo bem que eu nunca gostei destes tipos de presente, sempre preferi coisas mais caras, mas eu achei bem fofo. Ele me olhou desconfiado. _ Ok, agora me diga, como assim, freira? – perguntei, enquanto punha o buque no criado mundo, ao lado da minha cama.
_ Seu pai, prometeu que lhe iria por em um convento, para ver se você toma jeito. – eu ri.
_ Ele que sonhe. – falei. _ Nunca que vou para um convento, muito menos tomar juízo.
_ Eu sei bem disso. – Wilmer disse. _ E essa perna em? Falaram-me que você não esta conseguindo movimenta-la. – falou.
_ Eu estou com muito medo. – falei. _ A fisioterapia foi dolorosa.
_ O importante é que não é um caso muito grave, logo você recupera seus movimentos e vai parar de sofrer. – falou ele. _ Você tinha que ver quando você chegou nesse hospital, você estava mal, os médicos estavam desesperados achando que você iria morrer. – falou.
_ Você esteve aqui? – perguntei.
_ Eu, Maria, Madison e uns dois amigos seu. – respondeu.
_ Amigos? – perguntei.
_ É, uma menina e um menino, Maria disse que eram seus amigos.
_ Você sabe quem eram? – perguntei.
_ Não, não cheguei a conversar com eles. Só sei que a menina era um pouco maior que você, tinha cabelos longos, ondulados, castanho escuro, ela parecia ser boa pessoa, bem calminha... Calminha demais para ser sua amiga. – falou ele. Rimos. Eu não conseguia pensar em quem ele estava falando. Quando eu saísse do hospital eu iria procurar saber quem fora.
_ E o garoto? – perguntei.
_ Parecia que eu o conhecia de sua casa, acho que já o vi em alguma festa lá. – comentou. _ Se não me engano ele mora lá, pois veio junto a Maria. – falou. Eu fiquei estática, será que ele estava falando de quem eu estava pensando? _ Mas então, seu pai vai organizar uma coletiva de imprensa, assim que você estiver melhor, para explicar melhor o que te aconteceu.
_ E eu com isso?
_ Ele vai querer que você fale. – respondeu. Eu já dei um sorrisinho malicioso, seria uma ótima oportunidade para dar-lhe o troco. _ Ele quer que você fale o que ele determinar que você deva falar. – esclareceu Wilmer, percebendo minhas intensões.
_ Eu nem disse nada.
_ Mas eu te conheço o suficiente para saber o que você pensou.
_ Você viu o que ele disse para os jornalistas? – perguntei, sem esconder minha indignação pelo fato.
_ Vi. – respondeu. Sua expressão facial já dizia que ele sentia o mesmo que eu.
_ Você sabe que tudo aquilo que ele disse foi mentira, não sabe?
_ Ele tem uma reputação a manter. – disse.
_ Você concorda com ele? – perguntei.
_ Só acho que isso era o esperado. Não concordo, mas não me surpreendi. Lamento se você esperava por algo diferente. – respondeu. Eu sabia que ele estava sendo sincero, e ele realmente estava certo no que dizia. Eu sabia muito bem que ele agiria desta maneira, sempre tentando manter seu nome limpo. Não sei por que fiquei tão revoltada, será que eu realmente achava que desta vez seria diferente? _ Eu sei que você sente falta dos seus pais, mas...
_ Muito pelo contrario, eu não sinto falta deles. – interrompi Wilmer
_ Demi, não negue...
_ Wilmer. – interrompi-o. _ Não se pode sentir falta do que nunca se teve.

                CONTINUA...

Demorei, mas postei, o capítulo foi meio ruim, mas espero que tenham gostado.
Bom, tenho algumas coisas a dizer: Primeiro, estou muito feliz, cheguei aos 33 seguidores, eu quero muito agradecer a todos que me seguem, fico muito feliz que vocês parem um tempo de sua vida para poder ler minha historia, espero sempre estar melhorando por vocês. Segundo: queria muito agradecer aos blogs, Histórias sobre Jemi e Uma escolha por amor, pela divulgação, muito obrigada mesmo. Terceiro: Para a felicidades de vocês, eu acho, amanhã mesmo eu já vou postar o próximo capítulo.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjss.


Lari  ∞ : Seja muito bem vinda, nova leitora, fico muito feliz que esteja gostando tanto. Postado, espero que goste. Bjss

Vitoria Oliveira: Seja muito bem vinda, fico muito feliz em saber que estas gostando da fic, espero que possa continuar gostando. Muito obrigada. Bjsss.

domingo, 26 de maio de 2013

5º CAPITULO “Ele que me aguarde” – APREDENDO A AMAR


“Filha de grande empresário e de diretora de TV sofre um grave acidente de carro, seu estado é grave”.
Acordei com uma dor intensa na cabeça, provavelmente deveria ser a ressaca de ontem, tentei não abrir os olhos, eu sabia bem que a luz poderia piorar tudo, porém algo estava diferente, eu estava sentindo umas agulhadas no meu braço e escutava aquele bip que as máquinas de batimento cardíaco fazem. Fora que minha cama costuma ser bem mais confortável...
Abri os olhos bem devagar, já prevendo o tinha me acontecido.
As lembranças vinham como flash na minha cabeça, nada muito nítido. Eu me lembro de estar dentro do meu carro junto aos meus amigos e que quem dirigia era Travis, lembro-me também que ele parou para brincar com Hanna e que se desconcentrou da direção. Todos estavam apenas brincando, mas quando eu olhei para frente eu vi outro carro vindo de frente para o nosso, nos havíamos passado para a contramão, eu gritei desesperada para que Travis voltasse para a nossa pista, mas já era tarde de mais, eu não me lembro de mais nada.
_ Senhorita Demetria Lovato? Estás acordada? – perguntou alguém, seja lá quem foi, já odiei por ter me chamado pelo nome que eu odeio. Gemi em resposta. _ Pois bem, senhorita Demetria, você poderia abrir os olhos?
_ Se você continuar me chamar de Demetria eu vou arrancar seus dentes com um alicate de unha. – eu falei, anda sem abrir os olhos. Meu pescoço doía, minhas pernas doíam. Tudo em mim doía.
_ Me desculpe senhorita Lovato. – falou. _ Você poderia abrir os olhos, por favor? – tornou a perguntar.
_ Não. – respondi. _ Minha cabeça esta doendo. – complementei.
_ Eu sei, mas eu preciso que você abra os olhos. – insistiu. Se eu estivesse em melhores condições eu, com toda certeza, iria brigar, mas infelizmente eu não estou muito bem agora e sou obrigada a obedece-lo. Abri os olhos com dificuldade, a luz não estava tão forte, mas foi o suficiente para que a dor piorasse. Olhei para cima e vi o homem de jaleco branco, no seu crachá estava escrito Dr. Cullen, ele sem duvidas é bem bonito, mas pude ver em sua mão um anel de casamento, infelizmente não era para mim. _ Muito obrigada por abrir os olhos. Além da dor de cabeça, você esta sentindo alguma coisa a mais? – perguntou ele.
_ Todo o meu corpo dói. – respondi.
_ Você consegue mexer os dedos? – perguntou. Mexi os dedos da mão. _ Consegue levantar os braços? – levantei, mesmo sentindo uma intensa dor. _ Consegue mexer as pernas? – eu consegui levantar a perna esquerda até um ponto, não foi algo muito alto, uns cinco centímetros talvez, aí comecei a sentir uma dor muito forte na coxa e parei de tentar levantar mais, já a perna direita nem se quer deu sinal de vida. Olhei para ele desesperada, pronta para entrar em colapso. _ Calma. – disse ele lendo minha expressão. _ está tudo bem. Isso é normal.
_ Normal? Minhas pernas não estão se mexendo! – gritei.
_ Calma, nós já prevíamos isso, você sofreu uma pequena sequela no musculo da perna esquerda e a sua perna direita esta quebrada. Você ficará aproximadamente três meses com a perna direita imóvel, enfaixada e faremos umas poucas seções de fisioterapia na perna esquerda, para que você possa recuperar seus movimentos. Por isso você terá que ficar pelo menos uma semana aqui.  – disse ele com calma. Eu não queria acreditar no que ele estava dizendo.
_ E você fala isso como se fosse à coisa mais normal do mundo? – gritei. Minha perna esta quebrada! Eu não conseguia move-las! E o cara de pau desde doutor me falava isso com tanta indiferença?
_ Não é tão raro ver situações como esta nesse hospital, somos referencia nacional... – disse Dr. Cullen.
_ Isso é uma piada de mal gosto, isso não é possível!
_ Calma.
_ Pega essa calma é enfia no...
_ Senhorita Lovato, se você não se controlar eu terei que lhe sedar. – disse ele. Eu fingi que me acalmei.
_ E meus amigos?
_ A maioria já deles já estão recuperados e já receberam a alta.
_ Além de mim tem mais alguém nesta situação? – perguntei.
_ Apenas a Senhorita Hanna Beth ainda esta internada.
_ Ela esta bem? – perguntei, lembrando-me de que ela era a mais apavorada com a velocidade e desatenção de Travis com a direção.
_ Nós não podemos garantir que os movimentos dela voltarão com a fisioterapia. – respondeu ele. _ Na tentativa de se salvar Travis jogou o carro para a direita, em direção do acostamento, porém o outro carro atingiu vocês, bem do lado dos passageiros, as mais atingidas foram você e Hanna... Você ficou desacordada por dois dias – explicou-me. _ Vocês têm sorte de estarem vivas...


Todos têm seus altos e baixos, e definitivamente, este é o meu baixo. Passar uma semana no hospital não estava nos meus planos, mas esta era a previsão dos médicos. Na TV eu era o destaque, várias reportagens com o meu nome eram feitas, algumas me colocavam como a inocente, dizendo que eu fui obrigada a entrar no carro e que não sabia que o meu amigo estava dirigindo bêbado, já outros me colocavam como a vilã, dizendo que eu era uma péssima influencia para a juventude. Meu pai me mataria por estar expondo o nome da família desta maneira.

_ Pequena Demi? – disse alguém após bater na porta, eu nem tive duvidas, era Maria, ela sempre me chamou assim e sua voz que, por tantas vezes me consolou e aconselhou, é inconfundível.  
_ Entre Maria. – pedi, ela veio e se sentou a cadeira de visitas. Eu me ajeitei na cama, para ficar sentada. _ Sem sermões, por favor. – ela me olhou feio, mas logo botou um sorriso na cara.
_ Eu fiquei tão preocupada minha menina. – disse ela, me dando um beijo na testa e acarinhando meus cabelos. _ Não se atreva a fazer isso comigo novamente.
_ Eu acho que você não vai precisar se preocupar muito com isso, nem sei se vou conseguir sair daqui. – falei, com a voz triste, olhando para minhas pernas.
_ Os médicos disseram que é reversível logo você vai poder estar andando. – disse.
_ E se eles estiverem mentindo? – perguntei.
_ Eles não iriam mentir para você meu bem. – conversávamos e o tempo todo ela me acariciava.
_ Meu pai deve estar muito bravo comigo.
_ Ele está na Florida, não falei com ele, mas não tenho duvidas de que ele esta bravo com você, e com toda razão. – disse ela. Não me surpreendeu, ele poderia esta bravo, mas tenho certeza que não esta nem um pouco preocupado, provavelmente esta aproveitando alguma praia de lá enquanto eu estou pregada nesta cama.
_ E minha mãe? – perguntei, já com medo da resposta.
_ Ela esta no meio de um projeto novo para um programa do canal Fox, ela anda muito ocupada, mas ela prometeu que viria. – respondeu. Surpresa seria se Maria tivesse dito que minha mãe estava vindo ou que já esta lá fora, mas não, como sempre ela tinha prometido, e eu sei que é mais uma promessa furada.
_ Eles nem vieram aqui, fazendo o papel de bons pais? – perguntei.
_ Não. Desta vez realmente não deu. – disse Maria, ela tinha um tom triste. Ficamos em silêncio por alguns segundos_ Tem uma pessoinha lá fora querendo te ver, você vai se importar se ela entrar? – perguntou Maria.
_ É a lerda da Madison, não é? – bufei.
_ Demi. – repreendeu-me Maria. _ A menina te ama.
_ Tudo bem, mas eu não vou garantir beijos e abraços. – falei, virando os olhos.
_ Só não a trate grosseiramente, ela chorou muito ontem... Por você Demi. – confesso que isso me deu um nó no coração, a pirralha realmente gostava de mim, mas do que eu jamais vou conseguir gostar dela.
_ Tudo bem, eu vou trata-la com muito carrinho. – Maria ficou me olhando desconfiada. _ Palavra de escoteiro. – disse levantando minha mão direita, com a palma para cima. Maria riu e saiu até a porta. Logo apareceu a carinha tímida da minha irmã, ela podia ter apenas 11 anos, mas ela é bem alta para a idade dela, já estava quase do meu tamanho. Ainda sim, tenho que confessar, ela até que é fofa.

_ Oi Demi. – disse ela, com um sorriso tímido.
_ Oi Maddie. – respondei educadamente. Ela me olhava admirada, mas parecia ter medo de mim.
_ Você esta bem? – perguntou.
_ Claro, estou bem melhor agora... Vem cá. – pedi e ela veio com um sorriso nos lábios. _ Sobe aqui.
_ Os médicos não vão achar isso ruim? – perguntou
_ Você e sua mania de fazer tudo certinho, em pirralha? – falei, sem nem mesmo pensar. Poxa, eu estava tentando ser legal com a garota e ela tinha que estragar o momento dando uma de certinha?  Olhei para Maria e o olhar dela era de recriminação, olhei para Madison e ela estava de cabeça baixa, provavelmente iria começar a chorar a qualquer momento. _ Vai, desculpa, eu ainda estou meio mal e por isso que falei assim. – eu disse, tocando-a na face, tentando fazer com que ela levantasse a cabeça. _ Se algum médico chegar é só você sair. – eu disse, dando um sorriso, assim que consegui fazê-la voltar a me olhar. _ Vem. – pedi, ela subiu na cama e se sentou ao meu lado.
Ela é bem tímida e foi bem difícil conversar com ela, não temos coisas em comum e ela sempre evita falar sobre os colegas. Assim como eu, ela foi criada por Maria, por isso nem mesmo dá para conversar sobre como foi as coisas em casa, sei que não teremos uma conversa, o jeito foi falar sobre minha vida. No fim só eu falava, mas ela escutava tudo com atenção, como se até estivesse gostando de me escutar. Outra coisa que nos diferencia, se eu fosse ela estaria mandando a pessoa calar a boca, odeio que só fique falando sobre si próprio, tenho mais o que fazer do que ficar escutando história de vida dos outros.
(...)
Assim que Maria e Madison foram embora, eu fiquei sozinha, eu esperei pela visita de algum dos meus amigos, eu havia pedido a Maria que os avisassem que eu estava bem e eu tinha certeza que eles viriam para me ver, porém eles não vieram, talvez não desse para vier hoje, quem saber amanhã eles viriam?

O resto do dia não poderia ser mais entediante, não tinha nada que prestasse na TV, eu não podia sair da cama, me deram livros, mas eu odeio ler, meu celular fora esmagado no acidente, e eu não podia ligar para ninguém, nem mesmo escutar música, minha chave não tinha sido encontrada e para trazer meu computador necessitaria chamar um chaveiro, já que eu nunca fiz copia da chave do meu apartamento. Maria prometeu que faria e me traria as minhas coisas amanhã.
No fim acabei deixando na TV mesmo, pelo menos eu teria o barulho das vozes para escutar e isso me deixava mais segura e confortável.
Eu ainda me pergunto se isso foi o pior ou o melhor que eu fiz para mim, logo no inicio do telejornal eu vi a chamada para o caso de meu acidente. Esperei.
“_ Agora voltamos a falar sobre o caso Demetria Lovato.” – disse a ancora.
“_ Hoje o empresário Eddie Lovato falou pela primeira vez, muito abatido ele passou várias informações pela impressa e também alertou aos pais sobre o perigo das falsas amizades.” – continuou o outro ancora.
“_ Foi um grande choque para toda família, infelizmente eu estou com um grande projeto em andamento, eu realmente tentei cancelar tudo e ir ao hospital, mas eu conversei com minha querida Demetria pelo telefone e ela me pediu para continuar com o projeto e para não parar, que ela estava bem. Eu estou aqui trabalhando a pedido dela, mas o meu coração esta lá com ela no hospital, é bem difícil para mim como pai fazer isso, mas é o necessário” – ele falava com o olhar abatido, parecia realmente triste, como se tivesse chorado muito... Só parecia. “_ Demetria sempre foi uma ótima filha, eu sei que ela nunca foi muito educada com a imprensa, mas ela sempre foi muito educada dentro de casa, porém nos último ano ela conheceu uns amigos que eu realmente não aprovei, e foi nisso que deu. Eu realmente espero que ela tenha aprendido a lição.” “Eu sempre fui o melhor pai que eu pude ser, eu e minha mulher sempre estivemos presente para quando ela precisasse e sei que isso foi bem importante para ela, só que agora que ela foi morar sozinha ela saiu um pouco do nosso controle, este foi o nosso erro, por isso eu peço aos pais que nunca deixem que os filhos saião de seu controle, é muito importante alerta-los e, se possível, afasta-los das más influencias, eu tenho certeza que agora eu recuperarei este meu erro.” “Por muita sorte Demi esta bem, os médicos disseram que vão mantê-la lá só para terem certeza que não ouve sequelas, mas ela esta bem, acordada, fazendo suas estripulias por todo o hospital, andando por toda a parte...”– disse meu pai.
Eu devo ter demorado uns três minutos para conseguir reagir. Eu disse para ele trabalhar? Ele tinha sido um pai presente? Eu saí do controle? Meus amigos são más influencia? Eu andando por todo o hospital? Meu pai só podia estar bêbado! Não, na verdade ele estava sendo apenas ele. O que eu esperava afinal? Que ele se redimisse em rede nacional? Claro que não, ele tinha uma reputação a manter, uma foto de família perfeita diante da sociedade, ele não iria desmanchar tudo isso por mim... Mas eu também não farei nada por ele... Ele que me aguarde.

                CONTINUA...


Como prometido, capítulo postado. Espero que tenham gostado. Acho que agora só voltarei a postar lá para quarta, mas talvez eu consiga postar antes.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjss.



Yumi H. e Rafa S.: Apesar de ser ruim eu ter-lhe feito chorar, fico feliz, porque isso quer dizer que você esta sentindo a minha fic J Postado. Muito obrigada por comentar. Bjss.
Silvia: Adorei seu comentário! Hahahahah. Fico feliz que tenha gostado do designe e que esteja gostando a da fic também. Muito obrigada por comentar. Bjss.

P.S.: Acho melhor eu construir um abrigo antibombas na minha casa hahaha. 

sábado, 25 de maio de 2013

4º CAPITULO “O Acidente” – Aprendendo a Amar


Tarde de mais para que meu grito de pavor fizesse algum efeito...

15 de maio de 2005
Aquele seria o grande dia de sua vida. Toda a escola estava presente e todos os colegas de sua classe já tinham se apresentado, agora era a vez de Demi subir ao palco e prestar sua homenagem ao dia das mães.
Demi sempre se recusou a participar destas homenagens, não por ela ser tímida, longe disso, mas pelo simples fato de que ela sabia que a sua mãe não estaria lá para vê-la. Demi se recusava a preparar-se para fazer uma apresentação a alguém que nem se quer vai tentar estar presente, porém, neste ano tudo havia mudado consideravelmente, Diana resolver dar uma diminuída no ritmo do trabalho, após ficar doente de cama, e com isso teve breves momentos de aproximação das filhas e, em uma conversa no café da manha do dia 5 de maio, Diana prometera a filha que ai a comemoração do dia das mães de sua escola.
Normalmente Demi não acreditaria na mãe, não era a primeira promessa que lhe era feita, e grande parte, se não todas, não eram cumpridas, mas, talvez, pelo fato da mãe não ter nenhuma reunião ou viagem marcada por pelo menos duas semanas, a menina tenha tido a esperança de que desta vez ela cumpriria sua promessa.
10 dias, apenas 10 dias para se preparar. A garota ensaiava a música que escolhera cantar em homenagem a mãe a todo o momento, não se deixava ter um minuto se quer de descanso, queria que a apresentação fosse perfeita. A mãe que lhe tinha colocado na aula de violão, piano e canto, mas a mesma nunca ouvira a filha cantar ou tocar algum instrumento, esta seria a primeira vez, e Demi queria que a mãe vesse que o dinheiro que ela estava investindo nela não era em vão.
Além da apresentação os professores pediram aos alunos que fizessem uma decoração especial para que fosse posta no encosto da cadeira de cada mãe. Demi trabalhara duro na decoração, ela não sabia muito sobre a mãe, mas tinha consciência de que Diana gostava muito de rosas e brilho. Em dois dias o quarto da menina se transformou em um inferno de rosas e glitter cor dourado, Demi costurou rosas, de plástico, mas ainda sim lindas, no pano base, que seria posto no encosto, e como detalhe pintara as pontas das rosas com o glitter dourado, ficou como um grande buque de rosas vermelhas com detalhes dourados nas pontas, todos os professores ficaram impressionados com a beleza do encosto, uma até mesmo perguntou se por acaso ela tinha comprado em algum lugar ou se tinha mandado alguém fazer por ela, mas era obvio que fora a própria menina que fez o encosto, sua mão cheia de machucados de furos de agulha e com vestígios do glitter que se recusava a desgrudar de sua mão eram provas de seu empenho. Tudo fora feito por ela, sem nenhuma ajuda.
Mas tudo valeria a pena, a mãe a veria cantar, toda dor e tempo perdido valeriam a pena. Após 12 anos, finalmente Demi teria a atenção da mãe.

Demi nunca esteve tão nervosa em sua vida, ela sempre foi bem aparecida, falar em publico não era problema para ela, mas hoje era um dia especial, uma pessoa muito especial estaria entre a plateia.
Demi subiu no palco e parou no centro, se sentando na cadeira posta lá para que ela pudesse sentar-se e apoiar seu violão em sua coxa. Antes de começar a cantar Demi olhou para a plateia, a procura de sua mãe, que estaria sentada em sua cadeira especial, não foi difícil de achar, Demi tinha olhado onde sua cadeira tinha sido posta para que ela encontrasse a mãe com mais facilidade. Todos esperavam a menina começar sua homenagem.

O coração de Demi se despedaçou em trilhões de pedaços, seus olhos ficaram embaçados no mesmo instante, como ela pode ser tão burra? Não havia ninguém lá, apenas ao lado de sua cabeira especial, tinham outra cadeira simples, sem enfeite nenhum, onde Maria estava sentada, com o sorriso no rosto e tentando incentivar a menina, dona do coração quebrado, a cantar.
Sua mãe não tinha vindo, todo o seu trabalho fora em vão, mas Maria, como sempre, estava lá para ver a garota. Demi respirou fundo, tentou controlar sua vontade de choro e começou a cantar.

Maybe I didn't treat you
(Talvez eu não tenha te tratado)
Quite as good as I should have
(Tão bem quanto deveria)
Maybe I didn't love you
(Talvez eu não tenha te amado)
Quite as often as I could have
(Com tanta frequência quanto poderia)
Little things I should have said and done
(Pequenas coisas que eu deveria ter dito e feito)
I just never took the time
(Eu simplesmente nunca me dei ao trabalho)

Demi lembrasse de uma vez ter visto sua mãe escutando esta música de Elvis Presley, Always on my mind, ela parecia gostar muito dela enquanto a escutava e por esta razão Demi a escolhera.

You were always on my mind
(Você sempre esteve em meus pensamentos)
You were always on my mind
(Você sempre esteve em meus pensamentos)

Talvez a letra não fosse o que realmente estivesse acontecendo, Demi já tentara por várias vezes tratar a mãe bem e ter uma boa relação com ela, mas nunca obteve sucesso.

Maybe I didn't hold you
(Talvez eu não te abracei)
All those lonely, lonely times
(Todos aqueles solitários, solitários momentos)
And I guess I never told you
(E eu acho que nunca te disse)
I'm so happy that you're mine
(Que sou muito feliz por você ser minha)
If I made you feel second best
(Se eu te fiz sentir como segunda opção)
Girl, I'm so sorry I was blind
(Garota, me desculpe eu fui cego)

Talvez o certo seria se Diana estivesse cantando esta canção para Demi, pois era ela que fazia isso com Demi, mas a garota por varias vezes sentiu como se ela fosse a culpada por tudo isso, que fosse por sua culpa que seus pais nunca estavam em casa. Afinal de contas, eles sempre lhe diziam que para que ela pudesse ter a boa vida que têm, eles tinham que trabalhar muito.

Carry, tell me that your sweet love hasn't died
(Diga-me, Diga-me que seu doce amor não morreu)
Give me, give me one more chance
(Me dê, Me dê mais uma chance)
To keep you satisfied, satisfied
(De te manter satisfeita, satisfeita)

O final da canção saiu de Demi com dificuldade, o choro contido lhe causou um aperto na garganta.
Assim que tocou os últimos acordes da canção saiu do palco em disparada, nem mesmo se permitiu ficar para escutar os aplausos dados de pé pelos outros pais, a apresentação tinha sido linda, a voz de Demi era muito boa e todos ficaram impressionados com seu talento com o violão, a melodia soou encantadora.
Demi foi para o canto da coxia, lugar que seria difícil de ser encontrada, e lá começou a chorar, encolhida. Ela podia ver os aplausos e também alguns cochichos sobre sua reação ao final da apresentação.
Seu coração estava tão despedaçado.
Alguns longos minutos se passaram, encolhida ela pode ver os passos apressados das professoras, procurando-a, e também pode ver seus amiguinhos sendo abraçados pelas suas mães emocionadas com as homenagens. Logo depois sentiu braços a te acolher. Era Maria.
_ Foi para você Maria. – disse Demi entre suas lágrimas. _ Foi para você que eu cantei.
_ Obrigada pequena, foi lindo. – disse Maria, lhe dando um beijo na testa e lhe abraçando mais forte.

Depois aquele dia Demi nunca mais pegou no violão ou no piano e também nunca mais foi à aula de canto...

Agora

Os jornais não paravam de anunciar. Este era o tipo de acontecimento que fica estampado nas capas de jornais e por semana sendo repetidas nos jornais televisivos, até que ninguém mais aguente ouvir os nomes das vitimas.
“Filha de grande empresário e de diretora de TV sofre um grave acidente de carro, seu estado é grave”.

                CONTINUA...

Postado. Espero que tenham gostado, amanhã mesmo já vai ter capítulo novo.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjss


Yumi H. e Rafa S.: Seu palpite estava certo. Muito obrigada por comentar. Bjss
Juh Lovato: Realmente os pais dela têm a ver com a sua personalidade. Seu palpite pode estar certo, mas vamos esperar para ver se vai mesmo ou não ;) Muito obrigada por comentar. Bjss.

Silvia: De nada linda. Bjss. 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

3º CAPITULO “O Acontecimento” – Aprendendo a Amar



“Livre” – pensou Demi consigo mesmo. Não era tudo o que ela queria, mas já era um bom começo.
Agora deveria ser umas cinco da madrugada, eu e meus amigos tínhamos ido para o interior do estado da Califórnia para participar de uma festa e agora estávamos voltando para a cidade. Tenho que admitir, às duas horas que passamos sentados dentro do carro valeram a pena, a festa foi ótima, a música era contagiante, o DJ era perfeito - era lindo e talentoso, sem duvidas eu o chamaria para a próxima festa eu for organizar -, confesso que nem prestei muita atenção na comida, comi apenas alguns doces que tinham lá e sei que tinha pizza e salgadinhos, o que eu estava interessada mesmo era a bebida, e nisso com certeza acertaram em cheio, cerveja, coquetéis, caipirinha, vodca, tequila, todos os tipos de bebida, tudo com fartura, enchi a cara, bebi até não conseguir mais levantar-me do chão. Sei que isso não é nada elegante, minha mãe se me vesse naquele estado entraria em pânico, começaria a gritar pedindo para eu não gritar, para sentar-me elegantemente, para eu não ficar me esfregando nos gatinhos que tinham na festa, mas eu estou pouco me lixando para o que ela diz, ela passava pouco tempo comigo, mas o tempo que passava era sempre assim, queria que eu me comportasse como uma princesa, eu sou uma princesa, tenho tudo o que uma princesa tem - se duvidar até mais -, tenho a beleza e dinheiro de uma princesa, mas estou longe de me comportar como uma. Ficar me comportando é a ultima coisa que eu quero, tudo aquilo era muito chato, se ela quisesse um filha perfeitinha definitivamente seria da função da Madison, minha irmã mais nova, eu não a odeio, digamos que essa é uma palavra muito forte, mas definitivamente eu não gosto dela, ela nunca fez algo de mal para mim, ela sempre me tratou até bem de mais, mas sei lá, ela é bem chatinha, paradinha de mais, não fala nada, não reage, parece uma mosca morta, eu não gosto de pessoas assim, para mim as pessoas tem que ter personalidade, tem que ser ativas, falar tudo o que pensa, fazer tudo o que quer, pessoa que não são assim é apenas um peso morto a mais perambulando pela terra.
Mas voltando a falar sobre a festa, digamos que novamente Vanessa acertou em cheio. Vanessa Hudgens é nada mais nada menos do que a filha do maior diretor musical da América, conseguiu ser mais rica que meus pais juntos, mas ainda sim é super legal e se tem uma coisa que ela sabe fazer é festa, nunca me decepciono por ir a uma organizada por ela, provavelmente a mais simplesinha que eu já fui não custou menos que 900 mil.
Nem mesmo o fato desagradável de ter encontrado com Selena me deixou mal. Selena é uma zé ninguém que teve a sorte de ficar rica de um dia pro outro, após a mãe dela conseguir ganhar um premio na loteria sozinha. Mas era mais que claro que para todo mundo ela nasceu para ser pobre, o lugar dela nunca foi com os da elite, mesmo ela insistindo em se infiltra nela. Tudo bem que eu me aproveitei bastante dela, na época de escola estudávamos juntas e ela sempre foi aquela nerd do tipo que chora por ter perdido um decimo na nota – eu sei, lamentável, eu sempre organizava uma festa quando eu tirava nota maior que a media e a menina reclama por décimos? – Sempre que tinha algum trabalho ou prova em dupla fazíamos juntas, eu fingi ser amiga dela e o pior é que a lerda realmente acreditou que gostava dela, ficava andando junto com o meu grupo sempre comparecia as minhas festas e nas festas que eu ia, mesmo que ela fosse a única que não bebesse nada e ficasse sentada em um canto enquanto todos os outros dançavam ou se pegavam no quarto, não duvido nada que ela ainda seja BV. O problema maior talvez seja que ela ainda ache que eu sou amiga dela, desde que me formei no terceiro ano nunca mais disse um oi com a garota e ela chegou falando comigo na festa como se fossemos melhores amigas, ignorei-a na hora. Até onde eu sei ela está fazendo faculdade de engenharia, espero que passe e vá para bem longe de mim...

Bom, não me apresentei da maneira correta, meu nome é Demi, sim, esse na verdade é meu apelido, mas nem queira saber qual é o meu real nome, odeio que me chamem pelo nome original. É odeio mesmo. A palavra é forte e o ódio que eu sinto por quem me chama por meu nome original também é. Eu tenho 20 anos e moro em um apartamento de solteira luxuoso em Beverly Hills. Eu não estudo e nem pretendo estudar futuramente, tive a sorte de nascer em uma família que é rica, e meus pais fizeram questão de acumular uma grande fortuna no banco, eu sei bem que terei uma vida cheia de luxo sem nem mesmo precisar pensar em trabalhar, por isso não irei gastar meu precioso tempo afundando a cara nos livros.
Meus pais ficaram bem irritados quando os disse isso, meu pai principalmente, ele tentou fazer de tudo para me convencer, brigou, ameaçou, mas no fim tudo voltou a ser como sempre é, ele continua fazendo o que eu quero.

Eu amo musica, adoro mudar o visual, amo pintar o cabelo ou fazer uma tatuagem a mais, se eu pudesse fazia tatuagens pelo corpo todo, mas sempre que faço uma meus pais ficam uma fera e isso não é muito bom, pois por mais que eu saiba que nada vai mudar, nos primeiros dias eles ficam bem bravos e se recusam a dar-me alguma coisa, isso não dura mais que uma semana, mas eu prefiro evitar.
 Adoro festas, amo ficar bêbada, pode parecer estranho alguém dizer isso, mas é legal, a bebida é boa e relaxa, me tira de mim, me leva para outra dimensão, eu não sei nem mesmo explicar, mas o que importa aqui, eu gosto de beber, amo festa, sempre que há uma eu vou, não importa qual seja o dia, não importa onde, nem mesmo a hora, se é festa eu quero ir. E se tem festa, eu tenho que estar junto aos meus amigos, Trace e Miley, os dois são irmão, eles se parecem muito, apesar de Trace ser totalmente coberto pelas suas tatuagens, ao contrario de Miley que tem apenas algumas, e o cabelo de Trace que é pintado de tinta preta, e Miley é loira, apesar destas diferenças, se olharem bem se pode ver muitas similaridade entre os dois, inclusive a personalidade, os dois sabem o que querem e não se deixam abalar pela opinião dos outros; Hanna é minha amiga desde sempre, ela é outra que é tem uma boa personalidade, de todos, ela é a mais correta, a que menos bebe, a que menos faz palhaçada, mas ainda sim eu a amo e nos damos bem; Alex é uma grande amiga, ela de todos é a única que trabalha, ela é dançarina, se você olha a garota rebolando você entende o porque de sua agenda estar sempre disputada, nada que a impeça de curtir quase todas as festas; Travis é um cara muito legal, animado, e assim como eu, não recusa uma festa e bebida, o seu único problema é o fato de ser muito mulherengo, sei que isso é normal, é de sua masculinidade, mas as vezes é chato, todo dia ele está com uma garota diferente. Não, eu não estou apaixonada por ele, portanto, este meu incomodo com o jeito galinha de ser do Travis não é ciúmes, tá bom que eu já dei uns pegas nele, mas nunca foi nada serio, eu nunca levei um relacionamento a serio.
Não venha dizer que eu sou safada, não é isso, eu não brinco com ninguém, nem saio trocando de namorado toda semana, eu só não namoro, por um motivo simples, eu não creio no amor.
Eu realmente acho que amor é apenas uma palavra criada por algum desocupado que hoje virou desculpa para vários atos idiotas e por dominar as pessoas. Prova da minha teoria é que eu cresci escutando que não existe nada mais poderoso e sincero que amor de pai e mãe. Essa é a maior bobagem de todos os tempos! Meus pais nunca me amaram e se por acaso o que eles passaram para mim foi amor, eu tenho mais do que razões para reprimir este sentimento na minha vida.


_ Travis, tem como você ir mais rápido?  - perguntou Alex. _ Eu tenho que estar em Hollywood às 9 horas para uma proposta de contrato, e eu ainda tenho que me arrumar e me aquecer.
_ Se a Demetria não se importar em receber algumas multas no carro dela. – respondeu ele. O carro era meu, mas quem estava dirigindo era o Travis, porque entre todos eles era o que estava menos bêbado. Trace estava desmaiado no banco de trás, Miley estava em seu momento ressaca, dando patada em todo mundo, Hanna não tinha bebido mais que dois coquetéis durante toda a festa, mas ela nunca gostou de dirigir, mesmo tendo tirado a carteira de motorista, ela só dirigira uma vez, por uma causa de extrema necessidade; Alex estava mais lucida que eu, mas digamos que isso não quer dizer muito, principalmente depois desta festa, eu acho que foi a festa que eu mais bebi em toda minha vida.
_ É meu pai que vai pagar mesmo. – dei de ombros. Travis é um ótimo motorista, por várias vezes participou de rachas e saiu ganhador, então se há uma pessoa que eu me sinto segura quando estou dentro de um carro com, é Travis. Escutei o motor pedindo macha e pela fresta da janela aberta ao meu lado, pude perceber que o vento entrava mais rápido, nos estávamos a 110 km/h, eu me sentia voando, meu carro, Cherokee vermelho, mimo do meu pai no meu aniversario de 19 anos, tem uma potência e conforto invejável.
_ Tudo bem que você esta com pressa, mas precisa ir tão rápido? – perguntou Hanna.
_ Que foi, esta com medo? – perguntou Travis, divertido.
_ Eu estou falando serio Travis. Não estamos em uma rodovia, há outros carros e daqui a pouco as ruas vão encher de carros e pessoas indo para escola ou trabalhar. Não sei se vocês se lembram, mas hoje é segunda-feira, a rua não será só nossa. – Hanna, muito boa pessoa, mas tão medrosa e sempre tentando dar uma de certinha, isso é bem chato, o que custa deixar-se quebrar umas regras vez ou outra? Nada, apenas história para contar.
_ Cala boca Hanna. – eu disse.
_ Vaca anã. – respondeu-me ela.
_ Vai ciscar galinha. – respondi. Todos começaram a rir. A amizade é tudo, não é?
_ Mas serio, eu acho que você deveria abaixar a velocidade só um pouco. – continuou a reclamar. O idiota do Travis virou-se para trás para poder olha-la.
No carro estávamos Travis, no banco de motorista; eu, no banco dos passageiros ao lado do motorista e Trace, Miley, Alex e Hanna, no banco de trás, Hanna estava bem atrás de mim, na janela, portanto Travis não teve que se contorcer tanto para poder ver a Hanna.
_ Travis o que você esta fazendo? Serio, olha para frente seu louco! – gritou ela.
_ Ah! Para de gritar! – reclamou Miley.
_ Vem cá medrosa, vou te dar um beijo na testa para você confiar em mim. - falou Travis. Isso não era para fazer sentido mesmo não, lembre-se ele estava bêbado, suas idiotices poderiam ser justificadas por isso.
_ Eu não estou brincando! – gritou mais alto.
_ Se você gritar de novo eu meto a mão na sua cara. – reclamou Miley novamente. Alex, Travis e eu gargalhamos.
Deixando a cena deles de lado, tornei meu olhar para frente.

Tarde de mais para que meu grito de pavor fizesse algum efeito...


                CONTINUA...


Postado. Espero que tenham gostado.
Provavelmente só voltarei a postar no sábado ou domingo, tenho alguns trabalhos de escola para fazer :\
Não se esqueçam de comentar/Avaliar.
Bjsss.



Juh Lovato: Isso não é nada, eles já aprontaram muito mais... Que bom que gostou. Bjss.
Natalia_Lovato: Que bom que gostou. De nada, você mereceu. Bjss.
Yumi H. e Rafa S.: Fico muito feliz em saber disso :D Postado, bjsss.

domingo, 19 de maio de 2013

2º CAPITULO “O Acordo” – Aprendendo a Amar



Porem tudo muda, em segundos, um erro, uma decisão errada pode fazer tudo mudar e isso aconteceu na vida de Demi, um segundo e sua vida começou a ir de cabeça para baixo...  

Dia 25 de dezembro de 1998
A menina já chorava, novamente seria assim, mais um natal sem seus pais. Mas eles haviam prometido a ela que estariam em casa no natal deste ano e a pequena havia passado todo o mês de dezembro sonhando em como seria passar o natal com a família toda reunida.
Demetria tinha apenas 6 anos, mas já estava aprendendo o que é decepção.
_ Não chore menina linda. – dizia Maria. Maria é a governanta da casa grande, sempre muito amorosa é a mãe que a Demetria não teve. Desde que Demetria se lembra Maria esteve lá. Maria é uma mulher com seus 30 anos, confiável e sabe organizar uma casa como ninguém, fez da família Lovato a sua família, mesmo que de nada se parecesse com seus integrantes. Descendente de hispânicos, é uma mulher morena com cabelos castanhos e longos, apesar de já não ser tão mais jovem, tem um corpo lindo, magra de ligeiramente alta, sempre que estava a trabalho andava elegante. Uma profissional perfeita. Uma ótima substituta de mãe...
_ Eles não vieram. – disse a menina, enxugando suas lágrimas.
_ Eles virão depois minha menina. Eles gostam muito de você, você não viu os presentes que eles deixaram para ti? – Maria disse, tentando consola-la.
_ Mas eles prometeram. – Demetria estava aconchegada aos braços de Maria, encolhida como um bebê indefeso, havia passado o dia inteiro esperando, na esperança de que eles iriam chegar, talvez eles só estivessem atrasados, pensava a menina. Mas não, eles não estavam atrasados, eles simplesmente não viriam.
_ Pode ter acontecido algum imprevisto... Vamos fazer uma coisa?
_ O quê? – perguntou Demetria.
_ Escolha o filme que você quer assistir e o que você quer comer. Amos fazer deste natal um natal perfeito. – falou Maria animada.
_ Qualquer coisa? – perguntou Demetria se animando.
_ Qualquer coisa. – confirmou Maria.
...
28 de fevereiro de 2002

_ Pare de reclamar menina – disse Diana já irritada. _ Você ficou linda com essa roupa.
_ Mas eu não gostei, esse pano pinica. – disse Demetria, que agora já tinha 10 anos. _ Não pode ser outra?
_ Não, eu lhe comprei esta roupa e quero que você a use. E pare de ser mal agradecida, há várias meninas implorando para a mãe que lhes dê uma roupa chique como este vestido e você reclama de barriga cheia.
_ Eu realmente preciso ir? – perguntou a menina sentando-se à cama de casal, no quarto do pai, sua mãe, Diana, se maquiava sem dar muita atenção para a filha.
_ É o batizado de sua irmã, todos os empresários da empresa de seu pai estarão lá, a imprensa estará lá, você precisa estar presente e com um belo sorriso no rosto, se é que você me entende. – respondeu Diana.
_ Mas eu nem gosto dos empresários do papai e eu também não da Maddie. – disse Demetria emburrada.
_ Demetria para de fazer pirraça garota, você já esta grande de mais para agir desta maneira. – Diana levantou-se de sua penteadeira e pegou Demetria pelo braço, levantando-a e a levando para fora de seu quarto, enquanto dizia. _ Quando voltarmos para casa você ficará de castigo menina estupida e saia do meu quarto agora! – dito isso, fechou a porta na cara de Demetria, que teve que se manter forte para não começar a chorar ali.  
...
12 de abril de 2004

_ Oi – disse o menino simpático. _ Qual é o seu nome?
_ Não te interessa. – respondeu Demetria, seca.
_ Está tudo bem com você? Porque você esta emburrada? – perguntou o garoto, ao perceber a insensibilidade da garota.
_ Vem cá, quem é você em? – perguntou Demetria, se levantando do sofá da sala, no qual estava deitada preguiçosamente até a chegada daquele simpático garoto desconhecido.
_ Meu nome é Joseph, mas pode me chamar de Joe se quiser, eu sou filho do novo jardineiro da casa. – apresentou-se, estendendo-lhe a mão para cumprimentar Demetria.
_ E quem te deu autorização para entrar na minha casa? – perguntou Demetria, após olhar Joe de cima a baixo, com desdém e ignorar a tentativa de cumprimento de Joe, deixando-o sem graça.
_ Meu pai foi contratado para trabalhar em tempo integral, então agora eu também morarei aqui. – disse Joe obvio.
_ Pois fique você sabendo que nesta casa existe um ala especial para os empregados integrais e é lá que eles e suas crias devem ficar, a única que pode entrar na casa grande é Maria, entendeu ou quer que eu desenhe? – os dois estavam de pé, frente a frente, Joe estava assustado e Demetria tinha uma cara de brava.
_ Garota você é muito chata. – reclamou Joe.
_ Se não gostou saia. A casa é minha e você não deveria estar aqui. – gritou Demetria. Quem aquele menino pensava que era para falar com ela daquele jeito? Ele é filho do jardineiro, Demetria é filha do patrão pode colocar os dois no olho da rua em dois segundos.
_ Mal educada. – gritou Joe, saindo de perto de Demetria, mas não de dentro da casa grande.
_ Seu intruso maldito! – gritou Demetria em resposta.
...
18 de maio de 2007

_ Uau, você por aqui? – perguntou Joe surpreso.
_ Não me enche o saco jardineirozinho. – respondeu Demi mal humorada.
_ Como sempre muito bem humorada. – Joe continuou a provocar.
Agora Joe e Demi estavam no jardim da casa grande, sentada em uma grande balança de madeira que ficava perto das roseiras. Demi realmente não era muito de ir lá, só quando tinha alguma festa ou estava em um dia quente, pois poderia se refrescar na piscina. O pai de Joe é um ótimo jardineiro, a grama sempre estava muito bem cortada, e as flores não tinham como estar mais perfeitas, o jardim é bem grande, tem piscina, algumas arvores frutíferas, muitas flores, principalmente rosas, uma grande fonte em seu centro, que fora dado por um integrante, não tão importante, mas ainda sim integrante, da família real inglesa, à Diana de aniversario. Demi não entendia muito bem qual era a da fonte, muito grande e nela tinham uma grande estatua, da qual Demi acreditava ser a representação de algum deus grego que ela não sabia qual, nem mesmo se interessava em saber. A varanda do quarto de Demi já dava para o jardim e visto de cima era tão perfeito quanto de baixo.
_ Me deixa em paz. – disse com a voz não muito potente.
_Onde está aquele gay do seu namorado? – perguntou Joe. _ Qual é o nome mesmo? Aé, Zac!
_ Vai cortar grama, seu orelhudo.
_ Aconteceu alguma coisa? – sentando-se junto a Demi na balança. _ Você parece triste. – Disse Joe após perceber que mesmo lhe tratando com indiferença, como sempre, Demi não estava igual, não o encarava, tentando lhe mostrar sua superioridade, estava acuada e olhava para baixo toda hora.
_ Vai cuidar da sua vida. – disse seca e se afastando mais para o lado, evitando contato com Joe.
_ Nossa garota, você é muito chata, como seus amigos te aguentam? Eu estou tentando te ajudar sabia? – disse Joe irritado e se levantando do balanço, tentando ficar de frente para ela, para que eles pudessem se encarar.
_ Eu não pedi sua ajuda moleque intrometido, seu eu quisesse conversar com alguém eu ia ligar para uma amiga ao invés de vir falar com um filho de jardineiro meia tigela como você. – falou furiosa, enfim o olhando no olho. Depois disso Demi se levantou do balanço e saiu correndo para dentro da grande casa.
Joe não foi atrás dela, o que provavelmente faria normalmente, mas desta vez ele percebeu os olhos vermelhos de Demi, ela havia chorado e estava realmente mal, era melhor deixa-la quieta por agora.
...
22 de agosto de 2010

_ Parabéns Demetria. – disse Eddie todo animado ao chegar a casa, Demetria estava em seu quarto, escutando música e mexendo no computador.
_ Não me chame de Demetria e você está atrasado. – disse Demetria sem parar de teclar com a amiga.
_ Mas este é o seu nome e como assim atrasado? – Eddie tentou abraçar a filha, mas foi ignorado.
_ Eu odeio esse nome, se quiser se dirigir a mim me chame de Demi e hoje é dia 22, eu nasci dia 20. – respondeu fria.
_ Eu acho Demetria um nome muito lindo e é claro que eu sei que você nasceu dia 20, só que eu não tive a oportunidade de lhe dar os parabéns. – defendeu-se. _ Eu não podia deixar passar em branco, afinal de contas não é todo dia que sua filha faz 16 anos.
_ 18. – corrigiu Demi.
_ 18? Nossa passou tão rápido. – comentou Eddie, consigo mesmo, mas em voz alta.
_ Fala logo o que você quer... Vai ter alguma reunião com os empresários e você quer que eu apareça, é isso? – perguntou Demi, enfim tirando sua atenção do computador e se virando ao pai.
_ Demetria não diga algo assim...
_ Demi. – corrigiu Demi, interrompendo-o.
_ Um pai não pode dar parabéns à filha? – perguntou Eddie, Demi não respondeu. _ Ok, tudo bem, amanhã terá um jantar só para as maiores empresas de mídia e é claro que a minha empresa foi convidada, eu preciso de todos lá, você, sua mãe e Madison.
_ Sabia... – resmungou Demi, era sempre assim, só quando precisavam dela para comparecer em alguma festa ou jantar ou reunião da empresa que os pais vinham e lhe tratavam com carinho. Tudo para manter a pose de família rica e feliz.
_ Pare de reclamar Demetria...
_ Eu sei, eu sei... Milhares de meninas gostariam de ter uma família rica como a minha e oportunidade iguais as que eu tenho, eu sou muito mal agradecida. – disse Demi irônica.
_ Mas é verdade. E pare de agir assim.
_ Ok, eu só vou com uma condição. – disse Demi.
_ Tudo bem, o que é? Um armário novo? Uma viagem com seus amigos para o caribe? Uma nova tecnologia da Apple? O último lançamento de uma marca de sapato ou roupa de uma marca chique?
_ Não. Eu quero um apartamento só para mim e que eu possa viver lá sozinha sem nenhuma obrigação com a família. – respondeu Demi. Eddie ficou calado pensando no pedido inesperado da filha, ele custava acreditar que era realmente isso que ela queria.
_ O apartamento tudo bem, mas não posso desaparecer com você da minha vida do nada. Você ainda terá obrigações com a família. – respondeu Eddie ríspido.
_ Se for assim eu quero um apartamento de luxo em Beverly Hills. – já que ainda não viveria longe de sua família queria uma troca que desse jus a seu esforço de fazer o papel de filha perfeita.
_ Nem pensar, Beverly Hills é muito longe.
_ Beverly Hill são 20 minutos daqui de Santa Monica. – contrapôs Demi.
_ Você vai responder os repórteres com educação e não vai desaparecer no meio da festa. – propôs Eddie. _ Nem desta nem de nenhuma outra. – especificou. Demi era conhecida pelos empresários por passar a maior parte das festas ou jantares escondida, junto a algum amigo que ela conseguiu fazer que entrasse na festa como penetra; e pelos jornalistas era conhecida como a princesinha sem educação, sempre os respondia com falta de educação, quando respondia, o que raramente acontecia.
_ Minha mesada vai continuar? – perguntou Demi.
_ Você vai com as roupas que sua mãe escolher sem tentar modifica-las resgando ou qualquer outra coisa que você esteja pensando em fazer? – perguntou Eddie.
_ Sem responsabilidades com a Madison? – Demi.
_ Atenderá todos os telefonemas e sempre vai chegar na hora que eu ordenar?
_ Quando que eu terei a chave do meu apartamento?
_ Escolha o apartamento que você quiser e ponha na minha conta. – finalizou Eddie, saindo do quarto da filha sem se despedir.
“Livre” – pensou Demi consigo mesmo. Não era tudo o que ela queria, mas já era um bom começo...

                CONTINUA...

Olá, como prometido, consegui postar hoje J Este foi o segundo capítulo, espero que tenham gostado. Postarei o próximo até quarta.
Não se espeçam de comentar/avaliar.
Bjsss.


Ianca Vianna: Que bom que gostou linda. Postado. Bjss