sábado, 29 de junho de 2013

16º CAPITULO “Dois planetas diferentes” parte 1 – Aprendendo a Amar


_ Certo. – concorda. Já era um começo. Ambos têm no passado coisas que preferem esquecer, ambos têm coisas no passado que nos prendem em nossos próprios medos, coisas que nos impedem de seguir em frente. No fim de tudo, nos entendemos. No fim das contas, nós somos iguais de maneira diferente.


03 de julho de 2006

O sol mal tinha se posto e Demi chegava a sua casa, nada comum, em pleno sábado ela jamais voltaria antes das quatro da manha de domingo, porém hoje era diferente, um jantar com a família de um sócio de seu pai atrapalhou seu fim de semana, voltava para casa a contra gosto, mas o que ela podia fazer?
Antes mesmo de entrar, viu Joe, no jardim da frente, saindo da grande casa.
_ Anda roubando as flores do jardim, né? – perguntou Demi a Joe, ao vê-lo com um lindo buque de rosas.
_ Me deixe quieto. – respondeu Joe azedo.
_ Tudo bem, desde que não roube meu computador...
_ Eu não estou roubando nada, comprei esse buque com o meu dinheiro. – falou Joe, fitando Demi com raiva.
_ Tudo bem, senhor estressadinho, poço saber para quem seria esse buque? – perguntou Demi.
_ Não lhe interessa. – respondeu Joe. Vestido elegantemente, cabelo bem penteado, no rosto tinha um sorriso bobo, que mesmo perto de Demi, insistia em manter-se. Ele estava feliz, amando, realizado...
_ Não me diga que será para Tiffany. – disse Demi. “Como ele podia ser tão idiota?” pensava ela.
_ É daí se for? Algum problema?
_ Nenhum, o idiota aqui e você mesmo. – disse Demi, dando de ombros. Demi fez menção de entrar em casa, mas Joe a chamou.
_ Qual que é o seu problema, garota? Porque você não quer admitir que eu e a Tiffany estamos felizes e apaixonados? – perguntou Joe, indignado.
_ Se você não se importa de ser o quinto por qual ela se apaixonou e que a esta fazendo feliz, só neste ano, não vai ser eu que vou reclamar... – respondeu.
_ Ah sim, porque você é uma santinha. – disse Joe, com a voz irônica.
_ Ah me desculpe, eu devo ser muito puta mesmo, por estar namorando o mesmo garoto há um ano, sem trai-lo e nem nada parecido. – falou tão irônica quanto Joe.
_ Você não a conhece. – disse Joe, começando a realmente perder sua calma, seu sorriso bobo já desaparecia de sua face.
_ Eu já estudo com ela faz três anos e você a conheceu em uma festa que eu dei a duas semanas, você realmente acha que a conhece melhor que eu? – perguntou ela.
_ Você sente inveja dela. – acusou Joe. Demi gargalhou.
_Só não diga que eu não lhe avisei. – disse Demi, após parar de rir, entrando em casa, deixando Joe sozinho.

Agora

O cheiro que vinha da cozinha era tentador, o tempo frio não sessara e jantar uma sopa pareceu um convite irresistível. Joe não pensou duas vezes antes de entrar na cozinha para preparar a sopa e eu não pensarei duas vezes na hora de saboreá-la.
As últimas horas que passei com Joe foram surpreendentes. Nos dois conversamos. Sim. Isso mesmo. Conversamos. Sem brigas, sem provocações ou lembranças de um passado que nos entristece, nos dois simplesmente conversamos como se fossemos amigos. Não me pergunte o que aconteceu, nem mesmo eu saberia explicar o que tinha acontecido. Ele não tentou me dar concelhos nem se mostrar superior por ter um diploma e eu conversei com ele sem jogar na sua cara nossas diferenças econômicas e etc. No final funcionou, nada de assuntos sérios, uma bobagem atrás da outra, uma gargalhada atrás da outra, um momento surpreendente.
Não posso negar, eu sempre tive um pensamento fixo sobre Joe, pensamento na qual adquiri desde o primeiro momento que o vi. Joe sempre foi chato, mal educado, um pobretão, se acha demais por ser nerd. Nada parecido com alguém que eu um dia me tornaria amiga. Mas tudo, exatamente tudo o que eu construí sobre ele desmoronou nestas ultimas horas. Seria isso possível? Como que de uma hora para outra eu tinha passado de principal inimiga de Joe para uma possível boa amiga?
Será mesmo que eu sempre o odiei?


_ Aqui esta. – disse Joe, entregando-me a tigela cheia de sopa, o cheiro me fez salivar no mesmo momento. Ele também trazia em sua mão sua tigela, tão cheia quanto a minha. Estampei um sorriso no meu rosto, em demonstração de agradecimento, ele me respondeu, fazendo o mesmo.
Algo realmente estranho estava acontecendo e eu não sabia dizer o que era exatamente.

Mesmo a sopa estando quente eu comecei a comer, nem mesmo me importei se eu iria queimar minha língua, eu não teria forças para esperar esfriar mais, não com a tigela tão perto de mim. Joe pegou o controle da TV e sentou-se na poltrona que ficava bem perto do sofá, onde eu estava praticamente jogada, - digamos que a minha convivência com Joe me deixou com hábitos não tão bons -. Eu já estava preparada para o ver pondo no telejornal. Como ele conseguia assistir aquilo todos os dias? É sempre a mesma coisa, violência, pobreza, tristeza, roubo, politica, nada que realmente me interesse, mas para minha surpresa eu estava enganada desta vez.
_ O que você quer assistir? – perguntou ele, olhei-o esperando a brincadeira por trás da pergunta, mas ele parecia mais sincero que nunca.
_ Você não vai assistir seu jornal? – perguntei.
_ Bom... Pensei que você não gostasse de jornal. – disse ele.
_ Eu realmente não gosto, mas você gosta. – falei.
_ Pois então, hoje vamos ver algo que você queira assistir. – disse ele. Será que você consegue entender a gravidade do “Algo realmente estranho estava acontecendo”, agora?
_ Bom... Eu não sei, não costumo ver muito TV. – falei, eu raramente ficava em casa, mesmo tenho uma TV enorme, eu não a utilizava muito. _ Só vejo algumas séries, de vez em quando.
_ Você sabe se alguma delas passa hoje? – perguntou. Pensei um pouco e logo me lembrei da propagando que eu havia visto no dia anterior.
_ Eu vi que daqui a pouco começará uma maratona de Doctor Who. – falei.
_ Doctor Who? – perguntou Joe, seus olhos se arregalaram no mesmo instante e ele inclinou seu corpo a mim, como se estivesse a ponto de me atacar. Fiquei assustada, eu tinha falado algo de errado? _ Você gosta de Doctor Who? – perguntou ainda no mesmo estado, eu ainda tinha duvida se seu tom era de surpresa, felicidade ou se era de reprovação.
_ Gosto. – falei sem jeito, já com medo de sua reação. Ele tornou a se ajeitar na poltrona e sorriu largo.
_ Não creio. – disse boquiaberto. _ Quem poderia imaginar que Demetria Lovato gosta de Doctor Who? – perguntou, ignorei o Demetria, ainda tentando entender o seu espanto.
_ Há algum problema? – perguntei.
_ Não, nenhum. – disse empolgado. _ Eu também amo Doctor Who, eu só não achava que você poderia se interessar por uma série dessas. – falou ele, tinha um brilho nos seus olhos, nunca o vi tão empolgado ao falar comigo, tínhamos encontrado uma coisa em comum que não nos envergonhava e na qual poderíamos compartilhar bons momentos e conhecimentos.
_ O que você achava que eu iria gostar em? – perguntei humorada.
_ Sei lá, pensei que você preferisse ver programas de fofoca. – falou.
_ De vez em quando é legal. – falei, ele riu.


O resto da noite passou voando, Joe e eu devoramos a sopa, enquanto assistíamos seis episódios de Doctor Who. Já se passava de uma da manhã, quando enfim fomos dormir. Joe retirou minha tala para que eu pudesse tomar um banho e trocar de roupa, nada muito agradável quando se esta no frio, apesar de que minha banheira com água quente não me deixava reclamar.
Dormi feito uma pedra, não estava cansada, nem nada parecido, mas eu me sentia tão tranquila e leve que dormi sem pestanejar.

Acordei tarde, como de costume, levantei-me sem pressa, minha rotina de não ter para onde ir já me estava me deixando mais preguiçosa do que de costume. Fiz minha higiene pessoal, penteei meu cabelo, para aparecer mais apresentável na sala, mesmo sabendo que só teria Joe para me ver.
Hoje seria um dia diferente de todos aqueles que eu já passei junto a ele, disso eu não tinha duvidas. Tudo indicava para um dia cheio de conversas descontraídas.


_ Bom dia, dorminhoca. – disse Joe humorado, assim que eu cheguei à sala, ele estava de pé, perto da porta de vidro que dá para a varanda do apartamento, a vista é linda, lembro-me de que nos meus primeiros dias neste apartamento eu estava completamente apaixonada com a visão que eu tinha, passava boa parte do meu tempo aqui, olhando todo o horizonte, à noite, as luzes da cidade se misturam com a natureza, da grande praça que há frente a meu apartamento, um mistura do que há de mais lindo da modernidade da cidade, com a tranquilidade e bela simplicidade da natureza.
_ Bom dia, galo da madrugada. – falei. Rimos. O dia não estava frio como o do dia anterior, mas ainda não estava nada parecido com o calor que costuma fazer na Califórnia, tudo bem que estamos no inverno, claramente que as temperaturas iriam cair, acho que estou tão acostumada com altos graus célsius que quando o vento bate mais frio o meu corpo estranha.  
_ Para sua felicidade hoje você terá seção de fisioterapia. – disse ele.
_ Ah não. – reclamei.
_ Daqui a quatro dias você irá ao seu médico, fazer uma avaliação, se não estiver evoluindo, seu pai me corta o pescoço. – falou Joe, se aproximando de mim.
_ Não seria uma má ideia. – falei brincando. Ele fez um biquinho, como se estivesse chateado com minha fala. Eu ri.
_ Confesse você não conseguiria ficar sem ver esse rostinho lindo aqui. – disse ele, ainda mais perto.
_ Ha Ha Ha. – ri. _ Nem um pouco convencido. – falei.
_ Para você ver o que a convivência faz com as pessoas. – disse ele. Provavelmente eu deveria ficar ofendida, mas eu estava com um bom humor tão grande que acabei rindo. _ Como ainda sobrou um pouco do bolo que a Maria trouxe eu não fiz nada de café da manhã, quer que eu esquente o leite para você? – perguntou.
_ Não. – respondi. _ Hoje eu esquentarei meu próprio leite. – falei. Ele riu. _ Não ri. É serio, eu quero esquentar meu próprio leite. – eu falei, dando-lhe um tapa no ombro. Nunca fui de querer fazer nada, mas como eu disse, as coisas andam estranhas e eu estou com um humor invejável. Fazer algumas coisas fora do meu comum poderia ser divertido.
_ Tudo bem, como quiser. – falou ele, levantando as mãos, em sinal de paz. No mesmo momento fui para a cozinha, peguei a mesma caneca que vi Joe esquentando o leite na manhã passada e peguei o leite na geladeira. Joe me observava, sem dizer nenhuma palavra. Coloquei o tanto que achei necessário de leite na caneca e parei. _ Precisa de alguma ajuda? – perguntou Joe, ao perceber que eu tinha parado.
_ Eu preciso colocar mais alguma coisa? – perguntei, me sentindo uma inútil por não saber nem mesmo esquentar um leite. Não parecia ser uma coisa difícil, mas ainda sim eu mostrava dificuldade.
_ Acredito que não, você pretende misturar com Toddy depois, não é? – perguntou.
_ Sim. – respondi.
_ Então não precisa por mais nada. – falou ele. Minha face deveria já estar da cor de uma pimenta de tão envergonhada. Guardei o leite na geladeira e peguei a caneca cheia de leite, coloquei na boca do fogão e...
_ Como é que liga esse fogão? – perguntei. Joe riu alto. Eu nunca tinha usado aquele fogão na minha vida, quando eu precisava esquentar alguma coisa ou eu desistia e comprava em algum lugar que já vendesse quente ou eu punha no micro-ondas. _ Pare de rir. – pedi. _ É sério. – Joe segurou o riso e foi me ajudar.
_ Seu fogão é automático. – explicou-me ele. _ É só girar aqui e aperta esse botão. – falou, demonstrando-me como fazer.
_ Ainda bem que não precisa de fosforo, é muito perigoso. – eu disse. Joe olhou-me.
_ O perigoso não é o fosforo, o perigoso e você com o fosforo. – falou ele rindo.
_ Ahahaha, engraçadinho. – eu disse, dando língua.
_ Bom, acho que você tem futuro. – disse Joe ainda rindo. Agora sim, ele irá fazer piadinha sobre mim o resto de sua vida.
_ Pare de ser chato e pegue um pedaço do bolo para mim. – ordenei.
_ Porque você não pega? Você esta tão independente hoje. – disse ele, seu tom não era de reprovação, mas sim, divertido.
_ Descobri que lhe deixar sem trabalho é prejuízo para mim. – respondi. Rimos. Joe assentiu e pegou o bolo, que estava guardado na geladeira, cortou alguns pedaços e distribuiu em dois pratos, um para mim e um para ele. Quando ele guardou o bolo, o leite começou a ferver.
_ Você sabe desligar o fogão? – perguntou, pronto para rir, caso eu respondesse que ‘não’.
_ Sei. – respondi satisfeita. Essa parte eu já tinha visto Maria fazer e sei que era apenas girar o botão do painel.
_ Menos mal. – falou ele, desvalorizando meu feito.
_ Admita, eu não sou tão ruim assim. – falei, tudo bem que meu começo havia sido vergonhosa, mas o final merece algum credito. Joe me olhou, sem responder nada, é claro que para ele eu era um caso perdido no quesito cozinha. _ Vou considerar o seu silêncio como uma resposta positiva. – falei, enquanto misturava o Toddy no leite.
_ Como preferir. – falou dando-me o prato com dois pedaços do bolo de Maria. Na fome acabei começando a comer ali na cozinha mesmo, de pé. Mesmo sendo bolo de ontem, o saoer continuava bom e o leite com Toddy nem se fala, digamos que eu sei esquentar um leite.  _ Demi. – chamou-me Joe, após estarmos um tempo calado.
_ Sim. – respondi. Joe esteve do meu lado o tempo todo, comendo junto comigo, porém sem tomar nada.
_ Você esta bem? – perguntou. Estranhei sua pergunta. Tudo bem que eu estava agindo de maneira diferente, mas não era motivos para ele ficar preocupado comigo.
_ Sim. – respondi. _ Por quê?
_ Você não esta sentindo nenhuma dor? – perguntou ele. Parei um pouco. É verdade. Eu não tinha percebido, eu não tinha sentado desde que sai da cama, mas minha perna, sem a tala, não estava doendo, coisa que sempre acontecia, quando eu ficava mais do que uns poucos minutos de pé.
_ Não. – respondi feliz. _ Não esta doendo. – falei sorrindo. Joe também sorria, se eu estava evoluindo era graças ao seu trabalho, é claro que ele ficou muito feliz com minha resposta. _ Minha perna esta ótima. – falei empolgada.
_ Nada, nada? – perguntou Joe, feliz e incrédulo.
_ Nada, nenhuma dor. – falei.
_ Demi isso é ótimo. – falou empolgado, dava para ver que ele estava muito feliz, um sorriso enorme estava estampado em seu rosto e não era para menos.
Na empolgação Joe pegou-me e abraçou-me, elevando-me em seus braços para que ficássemos na mesma altura. Talvez fosse uma reação exagerada para apenas uma perna que não doía mais, porém não dá para negar, estávamos felizes demais, isso indicava que em pouco tempo eu teria minha vida de volta e que Joe conseguiu sucesso em sua primeira paciente.
O abraço de Joe era forte. Estávamos muito perto um do outro, eu podia sentir seu perfume, podia sentir o calor de sua respiração em meu colo, podia sentir a força de seu olhar.
Talvez eu devesse culpar a proximidade, talvez eu culpe a felicidade.
Não houve palavras, aproximamos mais os nossos rostos, até que...

                CONTINUA...


Capítulo postado, eu espero que vocês tenham gostado. Como já devem ter percebido o capítulo será dividido em duas partes. Espero que vocês não me matem, mas eu não faço a mínima ideia de que dia eu voltarei a postar, talvez eu só volte a postar na quarta-feira, sei que vai demorar, mas eu estou completamente enrolada na escola :/ Pelo menos as féria estão chegando e aí eu vou poder postar com mais frequência ;)
Não se esqueçam de comentar/avaliar.

p.s.: Para quem me segue no twitter, eu fui suspensa, não sei quando poderei voltar a utilizar minha conta :/ Espero que o mais rápido possível. Se quiserem se comunicar comigo me adicionem no facebook, aceito todos :) 

Bjsss




Sammara: Postado. Muito obrigada. Espero que tenha gostado. Bjss
Yumi H. e Rafa S.: Postado. Muito obrigada por comentar. Bjss

Lali: Postado. Muito obrigada por comentar. Bjss 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

15º CAPITULO “Nós somos iguais de maneira diferente” – Aprendendo a Amar



_ A partir de hoje vocês serão amigos...

Olhei para Maria, sem reconhecê-la. Eu nunca a tinha visto falar daquele jeito.
_ Não dá. – falou Joe. _ Não tem como ser amigo dela, a não ser que você tenha um cartão ilimitado. – falou Joe. Exagerado, para mim basta ter um cartão com um limite alto, não precisa ser ilimitado, nem mesmo o meu é.
_ Pois então tente. – falou Maria, descurvando-se.
_ Se ele parar de me irritar. – falei.
_ Eu não te irrito. – defendeu-se. _ Você que é uma princesinha, que fica irritada com qualquer coisa. – acusou-me.
_ Eu me irrito por qualquer coisa? – perguntei ofendida. _ E você é o calminho aqui é? – eu mal tinha falado algo e ele já estava com o tom alterado.
_ Vocês dois podem calar um pouco, por favor? – pediu Maria. Ela respirou fundo, já devia estar cansada de tentar mediar uma conciliação. _ Eu não estou dando uma opção a vocês. Vocês já estão grandes o suficiente para saber que do jeito que tá não vai funcionar. Joe, você é um enfermeiro, inteligente, sua função é cuidar da Demi, não entrar no jogo dela e você Demi, olha para você, tendo que fazer fisioterapia, com a perna quebrada, com uma amiga no hospital, você não percebe que agora é o momento de ficar seria? Vocês dois precisam crescer um pouco. Chega de agirem como criancinhas! – disse. Joe e eu ficamos calados. Eu não sabia onde por minha cara, mesmo que me seja difícil admitir, Maria estava certa no que dizia. _ Levantem-se. – pediu. Eu e Joe nos levantamos. _ Deem as mãos. – pediu Maria.
_ Ah, você pede para que cresçamos, mas nos trata como criancinhas? – indaguei.
_ Deem as mãos. - Tornou a pedir, ignorando-me. A contra gosto, levantei a mão, disposta a colaborar. Joe fez o mesmo. _ Amigos? – perguntou Maria.
_ Amigos. – eu e Joe respondemos em uni coro.

(...)

Passamos a maior parte do tempo suportando-nos, principalmente na presença de Maria. A paz ainda não reinava, eu não confio em Joe e sei que ele não confia e mim. Um simples aperto de mão não será o suficiente para que declaremos paz. Eu não sei dizer por quanto tempo manteríamos o clima ‘bom’, mas posso dizer que não seria por muito tempo.
As trocas de olhares eram raivosas, Joe ainda estava nervoso por causa do pó de mico e sei que ele já planejava sua vingança. Maria agora manteria os olhos atentos, o primeiro que quebrar o ‘acordo de amizade’ terá que pagar, escutando uma boa bronca e sabe se lá mais o quê.
A minha vingança já tinha sido feita. Minha estratégia agora era apena esperar. Eu não farei nada...


Já se passava das cinco da tarde, o frio dera um sessada, mas ainda não era o suficiente para que me fizesse tirar a blusa de frio.

_ Perdeu alguma coisa? – perguntei a Joe, já devia ter uns dois minutos que ele me fitava.  
_ Suas pantufas. – disse ele. _ Não dá para te levar a serio. – riu. As pantufas de cachorrinho me foram dado de presente, por Madison no meu aniversario de 17 anos, lembro-me de ter ficado decepcionada, pois esperava por algo mais chique e caro, mas, com o tempo, me cedi ao conforto da pelúcia de orelhas e olhos grandes.
_ Eu não estou lhe pedindo para me levar a serio. – respondi grossa, esquecendo-me de tentar ser educada e cumprir o acordo. _ Desculpe. – pedi, tentando concertar-me.
_ Tudo bem. – deu de ombros. _ você fica fofa assim. – complementou. Eu ri tímida, eu costumo receber outros tipos de elogios.
_ Obrigada. – ele deu um sorriso, leve, em resposta. Será que realmente entraríamos em um consenso? Será que nos tornaríamos amigos?
_ Porque o assunto ‘vestidos’ te irrita? – perguntou Joe. É tão fácil para ele acabar com minha paz. Olhei-o, sem saber se o responderia ou não, estávamos nos dando bem, esse assunto, com certeza, traria outros assuntos, que trariam outros assuntos, até começarmos a brigar novamente.
_ Digamos que todas as vezes que eu uso um é porque estou indo para a tortura. – respondi. Deixá-lo no vaco me pareceu falta de educação e eu realmente estou tentando fazer minha parte.
_ Você não deveria se prender tanto ao passado. – falou ele. Joe tinha boas intensões, mas ele era o último que podia me dar esse tipo de lição de moral.
_ Eu não sei se você é a pessoa ideal para me falar isso. – eu disse, tentando ser o mais gentil possível, apesar de saber que minhas palavras foram um pouco duras.
_ Eu não me prendo ao passado como você. – defendeu-se.
_ Tudo bem, como quiser. – falei, tentando evitar a discussão que se aproximava. _ Isso não está tão no passado assim, continua no presente. – falei.
_ Porque você quer. – falou ele.
_ Eu não quero isso. – eu disse. _ Eu nunca quis.
_ Mas sempre seguiu calada. – falou ele. _ O que você fez na coletiva de imprensa é prova de que, se você quiser, pode se rebelar contra seu pai.
_ E de quê me adiantou? – perguntei. _ Olha em volta, você, o meu celular... – falei. Ele não pareceu ofendido.
_ Se você tivesse seguido nos estudos... – começou a dizer.
_ Joe, não comece. – pedi.
_ Demi, eu estou falando isso para o seu bem. – falou ele, calmo. _ Estou te falando isso nas melhores das intensões.
_ De boas intensões o inferno esta cheio. – falei.
_ Eu só acho que você deveria pensar um pouco mais. – falou ele. _ Você pode se livrar disso...
_ Se você começar a tentar me dar lições de moral ou voltar a invadir meu passado, ou farei o mesmo com você. – avisei-o.
_ Eu não tenho nada que me prenda ao passado, como você. – falou ele.
_ Ah não? – perguntei.
_ Não. – respondeu convicto.
_ Nem Tiffany? – perguntei. No mesmo momento vi todo aquele ar de convicção e o brilho de seus olhos, se desmancharem, caírem feito uma fruta podre de uma árvore. _ Talvez fosse melhor parar por aqui, certo? – pergunto.
_ Certo. – concorda. Já era um começo. Ambos têm no passado coisas que preferem esquecer, ambos têm coisas no passado que nos prendem em nossos próprios medos, coisas que nos impedem de seguir em frente. No fim de tudo, nos entendemos. No fim das contas, nós somos iguais de maneira diferente.

                CONTINUA...


Como prometido, postei,  capítulo pequeno, mas espero que tenham gostado, o próximo capítulo já esta quase pronto, devo postar até sábado.
E ai? O que vocês acham? Será que eles se tornarão amigos?
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjsss.





Respostas aos comentários das últimas 3 postagens:
Emmy: divulgado J
Anny Vasconcellos: Forças para família Lovato. A Demi realmente é uma warrior.
Anônimo: Não importa o tempo, o importante é o sentimento, e pelo seu comentário pude ver que você gosta muito da Demi. Família Lovatic esta com ela J
Sammara: Postado. Muito obrigada por comentar. Bjss.
Silvia: Oi Silvia, infelizmente é verdade, só acho isso muito injusto com os autores, já que quer copiar, pede para adaptar ou pelo menos dê os créditos... Isso é verdade, eu realmente espero que nada, além daquela postagem sobre a morte do Patrick, seja copiado. Bjss linda.

Taynara Miranda: Isso é realmente revoltante, fico feliz que pelo menos você tenha conseguido remove-la, ainda sim acho isso uma falta de respeito. Muito obrigada, se eu ficar sabendo de alguém que esteja copiando sua historia eu falarei. Bjss. 

domingo, 23 de junho de 2013

Juntos contra o plágio

Olá a todos, venho aqui no blog hoje para fazer outra postagem, porém não será da fic – se eu não postar amanhã (segunda-feira) só postarei na (quinta-feira), já peço perdão, pela demora. – Hoje estou aqui no intuído de falar com vocês e pedir um favor.
Desde que comecei a postar a fic, venho sendo alertada, não só pela minha mãe, mas por vários conhecidos, sobre o plágio. Já vi autoras de fic sofrendo com isso e tentando denunciar o blog do plagiador, porém, talvez não acreditar que alguém possa se interessar na minha fic a ponto de copiá-la, nunca pensei que isso poderia acontecer.
Provavelmente estou fazendo tempestade em copo d’água, mas um acontecimento me deixou um pouco alerta.
Assim que eu fiquei sabendo da morte do pai da Demi, eu fiquei realmente chocada, e resolvi escrever algo aqui no blog. Confesso que no começo pensei em apenas dar a notícia, copiando de alguma página, nada que pudesse expor o meus sentimentos, mas no final acabei escrevendo algo por mim mesmo, pois sei que não ficaria em paz caso eu copiasse de alguém. Até aí tudo bem, porém quando vou ao facebook começo a ler uma postagem de uma página relacionada a Demi, e percebo que a postagem é exatamente o que eu escrevi aqui no blog, tomei um susto na hora. Eu não escrevi nada demais, nada emocionante ou digno de aplausos, foi uma simples mensagem e pedido de orações.
Apesar do susto, não reclamei, pois se tratava apenas de uma mensagem e não da minha história, porém, esse acontecimento, me deixou com uma pulga atrás da orelha. E se minha mãe estiver certa? Por várias vezes eu teimei com ela e acabei me arrependendo, será que desta vez será igual?
Peço a vocês que, se caso souberem de algum blog que possa estar pegando o enredo a minha fic, me digam. Eu realmente me esforço muito para escrever bem e suprir todas as suas expectativas, sempre procuro melhorar. Não acho justo que alguém apareça do nada e pegue a história. Nenhuma autora merece isso. Se quer postar, sente sua bunda na cadeira, coloque a cuca para pensar e escreva por si mesmo, copiar e injusto e pode ser considerado crime.
Espero com todo o meu coração que eu esteja exagerando, e já peço desculpas caso pareça drama da minha parte, só achei importante dizer isso, pois fiquei preocupada, talvez por já estar sendo avisada disso há tempos.

Conto com ajuda de vocês.


Muito obrigada. Bjss.


sábado, 22 de junho de 2013

Patrick Lovato morreu :(

Hoje, dia 22 de junho de 2013, Patrick Lovato, pai biológico da Demi, morreu. Sabemos que o relacionamento de Demi com Patrick não era bom, porém foi graças a ele, junto a Dianna, que hoje temos a Demi e a Dallas, por isso devemos agradecê-lo e esquecer os erros do passado. É difícil de imaginar o que a família Lovato esta sentindo agora... Como fã, meu coração esta despedaçado. Peço a vocês, caso vocês creem em algo, rezem pela família, ou mande boas vibrações.

R.I.P Patrick Lovato



sexta-feira, 21 de junho de 2013

14º CAPITULO “Vocês serão amigos” – Aprendendo a Amar


_ Awn amiga, não fique assim. – disse Miley, se levantando e vindo me abraçar na cadeira. _ Nós ainda estamos aqui.

16 de junho de 2009

_ Você sabe quem é o novo namorado da Tiffany? – perguntou Miley a amiga, assim que se encontraram, pelos corredores do colégio.
_ Não. Quem é o besta da vez? – perguntou Demi.
_ Te dou uma bala se você adivinhar. – disse Miley.
_ Ummm Deixe-me ver... Dê-me uma dica. – pediu.
_ É um homem. – falou Miley divertida. Demi deu-lhe língua.
_ Sua chata, isso não me ajudou em nada. – falou Demi. _ Ok, vamos lá... Nicolas? – perguntou, ao lembra-se de que Nicolas sempre foi apaixonada por ela e, provavelmente, era o único menino de toda a escola que ainda não tinha ficado com Tiffany.
_ Vou te ajudar... É de fora da escola. – falou Miley.
_ Fora da escola? – repetiu Demi, pensando nas possibilidades. _ Kevin? – perguntou, sem crer muito, já que Kevin nunca foi do tipo de ficar com mulheres assanhadas como Tiffany.
_ Frio. – disse Miley.
_ Mais uma dica. – pediu Demi.
_ Eles se conheceram na festa que você deu ontem em sua casa.
_ Tinha tanto meninos gatos lá...
_ Ok, agora você acerta. Vive com você. – disse Miley. Demi olhou para a amiga sem entender.
_ Meu pai? – perguntou Demi. Miley gargalhou.
_ Não sua besta, o filho do jardineiro, qual é o nome dele mesmo? É... Júlio? José?
_ O Joseph? – perguntou Demi, sem crer que aquele relacionamento era possível.
_ Esse mesmo. – disse Miley.
_ Impossível! Como a Tiffany foi cair tão baixo?
_ Bom, não sei, só sei que ele é o menino da vez. – disse.
_ Não dou uma semana para ele quebrar a cara.

Agora

Acordei com uma voz familiar, me dando bom dia. Primeiramente pensei estar sonhando, mas logo, senti sua presença ao meu lado.
_ Minha pequena, já esta na hora de acordar. – disse Maria. Abri os olhos preguiçosamente. Ainda sem crer que ela realmente estava lá.
_ Maria? – perguntei.
_ Eu mesmo. – confirmou. Espreguicei-me. _ O que você...? – comecei a perguntar, sem jeito.
_ O que eu estou fazendo aqui? – perguntou. Confirmei com a cabeça. _ Joe me chamou. – respondeu. Fodeu.
_ E... O que ele te disse? – perguntei.
_ Nada. – respondeu ela, estranhando minha pergunta. _ Eu deveria saber de algo? – perguntou.
_ Não. – menti exasperada. Provavelmente ela não acreditou, mas relevou. Levantei-me, com a ajuda de Maria e, ainda de pijama, fui para sala, apoiada as minhas muletas. Maria continuou em meu quarto, com a desculpa de que ia arrumar a bagunça. Meu quarto não estava bagunçado, de acordo com os meus padrões de limpeza, porém, para os padrões dela, meu quarto parecia ter acabado de sobreviver a um furacão.
Chegando à sala, Joe já estava lá, ele esquentava leite.
_ Bom dia Joe. – falei, Joe deu uma coçada na cabeça.
_ Bom dia. – disse e coçou seu braço.
_ Você chamou Maria. – comentei. Ele coçou o outro braço, intensamente.
_ Eu pedi que ela me trouxesse algumas camisas. – falou calmo. Abaixou-se para coçar a perna.
_ Você disse para ela o que aconteceu com suas blusas? – perguntei. Como Maria não me xingou, nem tentou dar lição de moral, acredito que ela não saiba o que aconteceu, pelo menos não todos os detalhes.
_ Ainda não. – respondeu. Tornou a coçar o braço.
_ Porque não? – perguntei.
_Estava esperando você acordar. – disse dando-me um sorriso sínico. _ Na verdade eu ainda estou na duvida se devo dizer ou não. – falou logo depois.   
_ Posso saber o porquê da duvida? – perguntei, sentando-me nas cadeiras que fica perto da bancada da cozinha.
_ Preciso saber se isso me convém. – disse ele, se aproximando de mim. Fitei-o intensamente, entendendo o que ele queria dizer. Se ele me dedurasse a Maria, eu também o levaria junto. No final, quem se daria mais mal, caso todas as nossas armações fossem reveladas? Joe tornou a abaixar-se para coçar as pernas e o pé esquerdo.
_ Acho que o silêncio será o melhor. – falei. Assim que ele levantou-se, pude ver pelo seu olhar que ele concordou comigo.
Joe pegou a panela, com o leite fervido e pôs na caneca que estava na bancada.
_ Quer Toddy? – perguntou ele, olhando-me amigavelmente e coçando sua mão e braço.
_ Por favor. – falei educadamente. Maria chegou à sala naquele exato momento. Ela tinha uma grande bacia de roupas em sua mão, tampada, impedindo que eu ou Joe visse o que tinha lá dentro. Ela ficou parada nos olhando por um momento. Parecia nos analisar, desconfiada. Ela nos conhecia bem demais para acreditar que passávamos todo o nosso tempo nos tratando bem, como agora.
_ E então meninos? – começou a dizer Maria. _ Como vocês tem lidado um com o outro? – perguntou, tentando mostrar-se desinteressada. Indo para mais perto da sala de jantar, que é o ponto mais abandonado de todo o apartamento, e deixando a bacia encima da mesa. Eu e Joe trocamos olhares, sem responder a sua pergunta. A única movimentação de Joe, foi de sua mão, entregando-me a caneca com o Toddy, já diluído no leite quente. A manhã estava incomumente frio e usei a fumaça que saia da caneca para aquecer minha mão. Maria tornou a vir para perto de nós e olhou-nos a espera de uma resposta. Joe levantou um pouco a blusa, na tentava de coçar seu peito. _ Mereço uma resposta? – perguntou.
_ Bem. – arrisquei-me a dizer. Ela olhou-me sem dizer nada. Claro que não estávamos ‘bem’.
_ Estamos vivos. – disse Joe, dando de ombros, e melhorando a situação. _ A Maria trouxe bolo. – disse-me Joe, enquanto coçava seu braço, cada vez mais forte.
Mesmo não sendo a cozinheira, Maria sempre dava um jeito de cozinhar, lembro-me muito bem de adorar as guloseimas para o café da manhã, por muitas vezes eu só acordava cedo para comê-las. Hoje sei que essa é uma das táticas usadas por ela, pois assim eu acordava para a escola, sem reclamar tanto.
O bolo de Maria, mesmo o mais simples, é do tipo que, se você comer uma vez, você nunca mais gostará dos outros tanto mais. A massa sempre molhadinha, e o doce nunca é muito exagerado, para não ficar enjoativo.
 _ Umm que delicia. – eu disse. Ignorando a coceira de Joe. _ Eu quero, onde está? – perguntei, olhando de um canto a outro da bancada.
_ Está aqui querida. – disse Maria, entrando na cozinha e colocando a travessa com o bolo, mas perto de mim, já haviam tirado alguns poucos pedaços. Joe começou a se coçar mais forte, desesperado. Ele tentava alcançar algum ponto em suas costas, mas não conseguia. _ Antes que eu esqueça... – disse ela, saindo da cozinha e pegando sua bolça simples. _ Seu pai lhe mandou entregar. – disse colocando um celular na bancada, ao lado da minha caneca.
_ O que é isso? – perguntei, sei que é um celular.
_ Seu novo celular. – respondeu ela.
_ Essa porcaria é meu novo celular? – perguntei, pegando-o da bancada e analisando-o melhor. Aquela porcaria não deveria custar nem mesmo 200 dólares, provavelmente modelo antigo ou então de uma marca muito desvalorizada. Eu que tinha um iPhone não iria me sujeitar a tão objeto sem valor.
_ Demi, você esta precisando de um celular, já que o seu não se salvou do acidente. Seu pai lhe fez um favor dando-lhe esse. – falou ela. Joe ria, mais ainda sim se coçava, cada hora em uma parte diferente do corpo.
_ Mas esse celular nem marca têm direito, eu quero um iPhone igual ao que eu tinha. – exigi, mesmo sabendo que para Maria, um iPhone e um celular ‘tijolão’ era a mesma coisa, fora que não era com ela que eu deveria reclamar.
_ O importante é que faz chamada e manda mensagens. – disse ela, sem entender meu escândalo, mas se mostrando calma. Bufei, desistindo, não adiantaria reclamar agora, meu pai ainda estava nervoso comigo por causa do que eu disse aos repórteres e essa era um das formas de me mostrar sua insatisfação. Joe tornou a se contorcer, suas costas voltaram a coçar  _ Joe, meu menino, você está bem? – perguntou Maria, visivelmente preocupada. _ Desde que cheguei você esta se coçando todo. – disse. Eu tentava segurar o riso com todas as minhas forças, evitando olha-lo em seu desespero.
_ Eu não sei. – disse Joe, ainda se contorcendo para conseguir coçar-se. _ Desde que acordei que estou sentindo muita coceira. – disse ele.
_ Você esta com alergia de alguma coisa do seu quarto? – perguntou Maria, pronta para tirar o que quer que fosse que lhe estava causando tal incômodo.
_ Eu acho que não. – respondeu ele, sem entender o que lhe estava acontecendo. _ Até ontem eu não tinha nada.
_ Um banho não faria mal. – provoquei.
_ Demi. – repreendeu-me Maria. Dei de ombros. Joe tornou a coçar seu braço, com tanta força, que já se podia ver algumas marcas vermelhas de sua unha. Só aí comecei a me preocupar, será que eu exagerei? _ Pode ser algo serio. Você quer que eu lhe leve ao médico? – perguntou Maria, aflita.
_ Maria, eu realmente acho que só um banho já ajudaria. – falei. Se Maria o levasse no médico é claro que descobriria o que eu fiz. E no final descobriria tudo, toda a guerra.
_ Demi, não é hora para provocações. – disse Maria. Joe ainda se coçava, porém olhou para mim. Ele entendeu.
_ O que você fez? – perguntou rangendo os dentes. Maria me olhou, sem entender nada.
_ Eu não sei do que você esta falando. – respondi.
_ Você sabe sim. – falou ele. Agora coçava a cabeça com uma mão e a barriga com a outra.
_ Eu acho que você esqueceu o combinado. – falei, sabendo que Maria logo pediria explicações. Porém, era minha obrigação alerta-lo sobre o risco de começar uma discussão naquele momento.
_ Foda-se o combinado. – disse ele, levantando o tom de voz. _ O que você fez, sua insolente? – perguntou.
_ Joe? O que está acontecendo aqui? – perguntou Maria, mais perdida que cega em tiroteio.
_ Pergunta para essa doida aí. – falou ele, ainda se coçando.
_ Agora já chega. – disse Maria aumentando seu tom de voz, ela não estava nervosa, ela nunca fica, mas percebeu que só assim conseguiria com que alguém dissesse algo. _ Eu quero uma explicação. Agora! – Joe olhou-me, parando de se coçar, por alguns milésimos de segundo, até começar a coçar sua testa.
_ Ela aprontou alguma coisa contra mim. – disse Joe, apontando um dedo a mim, e com a outra mão, coçando sua coxa, por cima da calça. Maria olhou-me, seu olhar já demonstrava que lá vinha bronca. Antes mesmo que ela pudesse abrir a boca, eu disse.
_ Ele colocou baratas em minha cama. – defendi-me. Maria olhou-o assustada.
_ Ela rasgou e pintou todas as minhas camisas. – disse ele.
_ Ele me deixou cair de bunda no banheiro. – falei.
_ Ela fica me chamando de filhote de jardineiro, na intensão de me ofender.
_ Ele fica falando comigo, como se fosse um psicólogo, achando que me conhece, só porque me observou por algumas horas. - nesse momento já estávamos gritando um com o outro.
_ Ela fica se achando minha dona, só porque é mais rica. – gritou de volta.
_ Ele se acha superior só porque tem um diploma.
_ Ela fica me chamando de corno e nerd. – disse com cara de revolta.
_ Ele fica me lembrando de coisas do passado, que eu não gosto de lembrar.
_ Eu? Você está louca garota? Eu nunca fiz isso. – defendeu-se, agora já discutíamos entre nós, esquecendo a existência de Maria. Com a raiva, Joe até esqueceu a coceira.
_ Ah não? – perguntei gritando, minha cara já devia estar vermelha de raiva. _ Os vestidos, os dias das mães... – lembrei-o.
_ Ah e me chamar de corno não me faz lembrar nada que eu queria esquecer não? – perguntou igualmente nervoso.
_ Já chega! – gritou Maria. _ Parem! Parem! Parem agora! – gritou exasperada, não brava, mas o mais perto que ela já chegou disso, provavelmente, a vida toda. Eu e Joe nos calamos, porém nos fitávamos com olhares nervosos. _ Demi, você sabe o porquê do Joe estar se coçando todo? – perguntou Maria, ainda com o tom alterado.
_ Claro que sabe. – acusou-me Joe.
_ Joe, fique quieto. – pediu Maria. _ Nos vamos conversar depois. – ameaçou-o. No fim, os dois iriam levar uma longa bronca.
_ Demi? – ela esperava minha resposta. Respirei fundo e respondi com a voz baixa.
_ Sei. – Joe suspirou, como se estivesse aliviado, pois assim saberia como parar de se coçar, mas ao mesmo tempo estressado, com um ódio mortal de mim.
_ O que você fez? – perguntou Maria já calma. Olhei para ela e ela esperava a resposta calmamente, já Joe olhava-me como se a qualquer ponto fosse explodir, principalmente se eu enrolasse mais ainda para dá-lo uma resposta.
_ Pó de mico na cama dele. – falei rapidamente.
_ O que? – perguntou Joe aos gritos. _ Você está louca? Sua desiquilibrada.
_ Ah me desculpe, rei das baratas, você me deu aval para vingar-me. – lembrei-o.
_ Não assim. – disse ele, coçando-se com mais intensidade ainda.
_ Você queria que eu fizesse o que? Fizesse cosquinhas no seu pé? – perguntei irônica.
_ Meu Deus. Parem! – gritou Maria, mais uma vez nos calamos. _ Pelo menos agora sabemos que um banho bem tomado e a troca dos lenções vai ser o suficiente para curar sua situação. – disse Maria. No fundo eu sei que ela já esperava por isso. Ela é a única razão por ainda não termos matado um ao outro quando éramos mais jovens.  Joe bufou. _ Joe, vá tomar um banho e quando voltar eu vou ter uma conversa seria com ambos. – disse Maria, olhando seria para nós dois. _ Entendido?


Enquanto Joe tomava banho, Maria trocava sua roupa de cama - tomando cuidado para não tocar muito e acabar se coçando toda, como Joe -, e eu colocava uma roupa que me aquecesse melhor. Uma calça azul escura, uma blusa de manga, vermelha, com detalhe azul e, por cima, uma blusa de frio, da Ecko, minha xodó.




O cheiro de eucalipto, que exala do corpo de Joe, me prendia a atenção, à uma hora de banho surgiu efeito, mas as marcas de suas unhas ainda estavam em sua pele, fazendo com que não se possa esquecer o que aconteceu.
Maria nos fez sentar lado a lado no sofá, agora ela nos olhava com cara fechada e de braços cruzados, de pé, pronta para começar a falar.
_ Eu queria entender vocês dois. – começou ela. _ De onde surgiu tanto ódio? – perguntou. Ainda me pergunto se ela estava perguntando a nós ou se só estava pensando alto. _ Eu já sabia que isso ia acontecer... – parou e olhou-nos. _ Vocês vão ter que conviver, não há como fugir disso. Ou vocês começam a se dar bem ou vão acabar matando um ao outro. – disse ela.
_ Mas foi ele que começou. – tentei defender-me.
_ Ah não! Quantos anos você tem? 4? – perguntou Joe.
_ Até um dias atrás você me deu 5. – lembrei-o.
_ Ei! – gritou Maria. _ Eu ainda estou aqui. – falou ela, movimentando os braços, em busca de ser percebida. _ A partir de hoje, vocês serão amigos. – exigiu.
_ Não. – falou Joe, sem pensar duas vezes.
_ Não. – confirmei. Maria aproximou-se mais de nos, e abaixou-se para ficar a nossa altura. 
_ A partir de hoje vocês serão amigos...


                CONTINUA...


Oi gente, mil desculpas, estou devendo com vocês por dois motivos, primeiro, eu havia prometido que iria postar quarta-feira e só postei hoje, peço perdão, eu estava sem tempo e sem internet; e segundo, eu havia prometido que o capítulo seria quente e muito bom, porém não deu L pensei no capítulo de uma maneira e acabei escrevendo de outra, prometo nunca mais fazer isso, não queria decepcionar. 

Provavelmente durante essa semana eu irei postar mais devagar mesmo, pois é época de prova na minha escola.

Muito obrigada pelos comentários, 5 \O/, nem posso acreditar, amo vocês e também tenho que agradecer os 40 seguidores, não esperava tanto. Muito obrigada mesmo, espero conseguir suprir todas as suas expectativas ;)





Juh Lovato: Laxante? Hahahaha Boa ideia, quem sabe numa próxima? Eu também iria ter um ataque de nervos, sou daquele tipo de menina que sobe na cadeira quando vê uma. Muito obrigada por comentar. Bjss especiais para minha fã numero um :D
Leticia: hahaha ele soube se vingar muito bem. Pode deixar, linda, eu vou olhar seu blog sim. Você quer que eu divulgue também? Muito obrigada por comentar. Bjss.
Bells: Fique tranquila, eu não desisti da fic não, como eu disse estava sem tempo e, para piorar, sem internet. Fico feliz que esteja gostando. Muito obrigada por comentar. Bjss.
Anônimo: hahaha fico feliz em saber que você gosta tanto assim da fic. Muito obrigada por comentar. Bjss.
Anônimo: Hahahah foi mesmo, ele foi bem maldoso na hora de se vingar haha. Muito obrigada por comentar. Bjss.
Gih: Fico muito lisonjeada com seu elogio, faço o melhor que posso e é muito bom saber que consigo passar a historia dessa maneira. Muito obrigada por comentar. Bjsss linda. 

Selo



Quero agradecer a Faanyh (Need You Now) pelo selo, visitem seu blog, recomendo.
Como Funciona
1. Escrever 11 coisas sobre seu próprio blog
2. Responder 11 perguntas do blog que te indicou
3. Indicar 11 blogs com menos de 200 seguidores
4. Fazer 11 perguntas para quem indicares
11 coisas sobre meu blog:
1.       O último capítulo que eu postei de ‘Aprendendo a amar’ foi a postagem número 100 do blog \o/
2.       Apesar de ‘Aprendendo a amar’ estar só começando, eu já tenho ideias para uma próxima fic
3.       Na próxima fic pretendo incorporar várias fandoms
4.       Eu não pensava que conseguiria escrever mais que uma fic ( já estou na terceira \o/)
5.       Sempre sou eu que faço os banners do blog
6.       A fic ‘Amor em guerra’ foi a mais de difícil para escrever um final
7.       Pode ser que ‘Aprendendo a amar’ tenha uma segunda temporada
8.       Mesmo que um dia eu venha a parar de escrever, eu nunca excluirei o blog.
9.       A fic ‘Recomeçar’ foi a mais pessoal que eu já escrevi.
10.   Meu blog é minha vida
11.   Amo os seus comentários e avaliações.
Respostas:
1.       Inspirações da vida?
Minha mãe
2.       Sonhos?
Conseguir se cantora, conhecer meus ídolos, retribuir a minha mãe tudo o que ela já me deu.
3.       Futuro?
Espero que o mais feliz possível, trabalhando em algo que eu goste e construir uma família solida.
4.       Fics que te atraem?
Todas as que estão na ‘Minha lista de blogs’
5.       Citação ou trecho que mais gosta.
Bom, tenho algumas partes do livro “A Cabana” que eu gosto muito, vou citar apenas duas: “... você não pode “produzir” confiança, assim como não pode “fazer” humildade. Ela existe ou não. A confiança é fruto de um relacionamento em que você sabe que é amado. Como não sabe que eu o amo, não pode confiar em mim” “Você imagina. A imaginação é uma capacidade poderosa! É um poder que o torna muito parecido conosco. Mas, sem sabedoria, a imaginação é uma professora cruel...”
6.       Citação ou trecho que te descreve.
“Eu não me relaciono bem com as pessoas da minha idade. Talvez a verdade seja que eu não me relaciono bem com as pessoas, e ponto final. Até a minha mãe, de quem eu era mais próxima do que de qualquer outra pessoa do planeta, nunca esteve em sintonia comigo, nunca esteve exatamente na mesma página. Às vezes eu me perguntava se via as mesmas coisas que o resto do mundo. Talvez houvesse um problema no meu cérebro.” – Bella Swan, Crepúsculo.
7.       Se pudesse ter superpoderes, qual seria? (meio voada, mas ><)
Tenho duvidas entre poder ficar invisível e poder prever o futuro.
8.       Como você descreveria sua fic?
Interessante e animada.
9.       O que o seu blog significa para você?
Pode parecer exagero, mas esse blog significa tudo para mim.
10.   Por que decidiu escrever?
Sempre goste de ler, comecei a escrever e quando as pessoas começaram a gostar do que eu escrevo, decidi postar.
11.   Música favorita do momento?
Minhas três preferidas: Can you feel my heart – Bring me to horizon, Nightingale – Demi Lovato, Aurora – Rosa de Saron
11 blogs.
1.       Beautiful Disaster
2.       Jemi Love forever love
3.       Vidas trocadas
4.       Encontro com 666
5.     Sussuro
6.   Jemi Lovely
Perguntas:
1.       Para você, o que uma fic precisa ter para ser uma boa fic?
2.       Qual o capítulo que você já escreveu que você mais gostou?
3.       Um medo.
4.       Algo que lhe deixa feliz
5.       O seu livro preferido.
6.       Algo que você acredita que não vive sem.
7.       O melhor de ter uma fic é...?
8.       O seu filme preferido.
9.       Sua música favorita.
10.   Suas melhores lembranças são ao lado de...?
11.   Seu lema de vida.



Daqui a pouco capítulo novo :D

segunda-feira, 17 de junho de 2013

13º CAPITULO “Nós ainda estamos aqui” – Aprendendo a amar



Não há tréguas.
De tanto desespero, eu não conseguia abrir a porta. Deixei uma das minhas muletas cair no chão, e ainda sim não consegui abrir. Olhei para cima da minha cama novamente e o desespero só aumentou.
_ Joe! – gritei, batendo forte na porta. _ Me ajuda! – pedi. Tornei a forçar a maçaneta. Só aí percebi que a porta estava trancada. Era tudo um plano. _ Joe, seu idiota, abre essa porta. – berrei.
_ Peça, por favor. – Falou Joe do outro lado da porta.
_ Você passou dos limites, você vai se arrepender. Abre essa porta! – ordenei.
_ Pensei que você queria ficar um pouco sozinha, aproveite. – falou ele. Joe estava bem atrás da porta. Eu queria ter forças o suficiente para arrombar a porta e que ela caísse bem em sua cabeça, deixando-o de presente, no mínimo, um calombo bem grande.
_ Joe, tem baratas por toda a minha cama. – berrei. Como que eu iria dormir com elas lá? Eu já estava tento ânsia de vomito só de imaginar.
_ Tire-as. – falou Joe. Sem tom calmo me deixou mais irritada ainda.
_ Joe, abra essa porta. – novamente pedi. _ Eu não vou tira-las, é nojento. – reclamei.
_ Bom... Então durma com elas. – falou.
_ Joe! Abra essa porta. Isso não é divertido. – gritei.
_ Elas não vão lhe matar, Demi. – falou ele.
_ Joe, elas vão invadir a casa toda. – gritei desesperada, sem coragem de olhar para trás, com medo de que elas estivessem se aproximando de mim. Joe deu uma gargalhada forte.
_ Elas estão mortas. – disse ele rindo. Olhei e para cima da cama e só aí percebi que elas não estavam se mexendo. Menos mal.
_ Elas continuam sendo nojentas. – eu reclamei um pouco mais calma.
_ Foram criadas em laboratório. – falou.
_ Continuam sendo baratas. – gritei. _ Joe, para de ser retardado, abre essa porcaria de porta logo. – exigi.
_ Porque você não conversa um pouco com as baratas, dá uma deitada com elas... – falou humorado.
_ Quando mais você demorar a me soltar daqui, pior será minha vingança. – ameacei-o.
_ Então é melhor eu aproveitar o meu momento. – falou ele.
_ Joe, você não vai me deixar trancada aqui a noite toda. – gritei, tornando a esmurrar a porta.
_ É melhor você ficar calma. – falou ele. _ Os vizinhos podem reclamar do barulho.

Sabe o que é ódio? É o que eu estou sentindo por Joe agora. Fiquei parada, de pé, na porta, sem coragem de dar um passo a frente. Eu sei que elas estavam mortas, mais meu corpo parecia não entender isso. Eu sentina náusea toda hora, só de pensar na probabilidade de ter que tirar aquelas baratas para poder dormir.
Não deve ter demorado muito, quando pude escutar a porta sendo destrancada, um alivio tomou todo o meu corpo. Assim que a porta se abriu, eu saí o mais rápido que pude, apoiada a única muleta, já que não consegui, na verdade, nem tentei, pegar a muleta que havia caído. Pude sentir Joe me seguindo. Parei ainda no corredor.
_ Você vai tirar aquelas baratas do meu quarto agora e vai lavar os meus lenções. – falei.
_ E porque eu faria isso? – perguntou. _ Numa guerra só se ataca, não se limpa o sangue do inimigo. – falou. Ele estava levando a guerra mais a serio do que eu esperava.
_ Pois onde eu vou dormir? – perguntei. Minha perna já estava doendo, pelo tempo que eu fiquei de pé.
_ Onde você quiser. – deu de ombros.
_Ok, no seu quarto. – respondi. Ele me olhou por alguns minutos, provavelmente com duvidas se tinha ouvido certo.
_ Meu quarto? – perguntou.
_ Na verdade não é seu quarto, o quarto de hospedes que você ocupa. – corrigi-me.
_ Porque logo onde eu durmo? – perguntou revoltado.
_ Porque só há três quartos, um é o meu, na qual não dormirei até que você tire aquelas baratas e lave meus lenções; o outro você fez de quarto da fisioterapia e por último o seu, que foi o que me restou. – falei tranquilamente. Poderia ser o começo da minha vingança.
_ Você vai querer dormir comigo? – perguntou incrédulo.
_ Claro que não. – assustei-me com tal pensamento, nunca que eu iria querer dormir com ele. _ Você vai dormir na sala. – falei.
_ Eu? Deram-me um quarto, e eu vou dormir nele. – falou ele.
_ Pois eu tinha três quartos a minha disponibilidade e agora só me restou o seu. Como dona do apartamento, tenho prioridade.  
_ Sabe de uma coisa? Eu não ligo de dormir na sala, não é tão ruim assim. A princesinha pode ficar a vontade. – Falou, entrando em seu quarto, pegando um travesseiro e um lençol, para se cobrir e saindo feito um toro bravo.

Eu poderia considerar isso uma vitória? O placar está 4x2 ou 4x3? Bom... Eu consegui irrita-lo e ainda o tirei de seu quarto, acho que isso deve contar como um ponto.
Placar final, provisório: 4X3.    

(…)
Acordei tarde, e ainda enrolei o quanto pude, na cama, no lençol havia o cheiro de Joe, eu aspirava fundo, mesmo odiando Joe, tenho que confessar, seu cheiro é confortante, me dá uma sensação de segurança.

_ Demi. – chamou-me Joe, na porta. _ Você está bem? – perguntou, abrindo-a um pouco, mas sem dar um passo a frente.
_ Estou. – respondi. _ Por quê?
_ Você não acordou, fiquei com medo de que alguma coisa tivesse acontecido. – falou. Nunca ninguém tinha se preocupado assim comigo. No fundo pensei que talvez eu fosse importante de alguma maneira, mas eu sei que não é por isso. Ele só esta sendo gentil porque é pago para isso.
_ Eu estava precisando descansar mais um pouco. – eu disse me espreguiçando. _ Depois da noite de ontem... – comentei.
_ Entendo. – falou ele, dando um suspiro logo depois. _ Hoje não terá nenhuma seção, como combinado, você está livre.
_ Fico feliz por isso. – respondi, o clima não estava bom.
_ E eu já tirei as baratas de seu quarto, está tudo arrumado, troquei os lençóis... – avisou.
_ Muito obrigada. – falei. _ Ainda sim terá volta. – alertei. Ele riu.
_ Aguardo ansiosamente. – falou.


O meu plano tinha que ser maligno, pois, baratas não foi nada legal, e eu tenho que devolver a altura. E se o plano tem que ser maligno, ninguém melhor que Travis para me ajudar.
Levantei-me o mais rápido que eu consegui, ainda com o meu pijama, fui para sala e peguei o telefone, – sentindo falta de ter meu celular – voltei para o quarto de Joe, a fim de ter mais privacidade, disquei os números, já decorados em minha cabeça, de Travis e, não demorou muito, para que Eleonor, governanta da casa de Travis, me atendesse.
_ Olá menina Demetria.
_ Olá Eleonor. – ela é tipo Maria, só que não tão boazinha, de origem britânica, falando um inglês perfeito, com postura sempre ereta e cabelo amarrado em um coque, sem nenhum fio solto, Eleonor é a única capaz de controlar o Travis, não que ela consiga a todo tempo, porém, dentro de casa, Travis parece até um anjinho, ainda mais ele que tem o cabelo loiro, levemente ondulado. _ Eu gostaria de falar com Travis. – pedi.
_ Espere um minuto, irei chama-lo. – respondeu. Um minuto foi apenas ilusão, esperei tanto que até pensei que a ligação havia caído.
_ E aí Demi? – falou Travis, todo animado.
_ E aí Travis, Eleonor foi te buscar no Japão? – perguntei. Ele riu.
_ Você por acaso acha que ela iria sair correndo pela casa com o telefone na mão? – perguntou ele. Ri só de imaginar.
_ Obviamente não. – respondi, por fim.
_ Mas, e então? Como que o jardineiro tá? – perguntou ele.
_ Usando a mesma blusa há dois dias. – falei. Ele deu uma gargalhada.  _ Você precisava ver a cena que ele fez, ele ficou muito bravo.
_ Ótimo. – comemorou.
_ Só que ele já se vingou. – falei.
_ O que ele fez? – perguntou curioso.
_ Barata na minha cama. – respondi. Travis gargalhou com tanta força, que chegou a me assustar. Quando se acalmou esta até com falta de ar. _ Não tem graça, ele me trancou lá dentro com elas. – falei um pouco irritada.
_ Isso foi hilário. – disse ele. _ Quem diria que ele iria ter essa ideia de gênio?
_ Serio Travis, eu preciso de uma revanche. – falei.
_ Pode ficar tranquila Demizinha, eu já tenho um plano, e vai ser O plano. – disse ele. Eu sabia que seria, Travis é profissional em planos de vingança.



Sem nada para fazer, sem nenhum compromisso, o dia passou tranquilo, porém tedioso, ficar em casa por tanto tempo não era muito comum para mim, nem mesmo quando eu estava doente eu ficava.
Todo aquele tempo, simplesmente jogado fora, sem fazer nada... Eu não iria conseguir ficar todos os três meses assim, é tortura.
_ Demi, o porteiro mandou avisar que sua amiga Miley está subindo. – falou Joe.
_ Vou recebê-la. – falei, levantando-me do sofá.
_ Você não me disse que ela viria. – questionou-me Joe.
_ É, eu esqueci. – dei de ombros. Logo a campainha tocou.
A vinda de Miley não era por uma simples visita de amiga, ela ficou encarregada de me ajudar a executar o plano de Travis. Assim seria mais fácil de enganar o Joe novamente, já que agora ele não iria mais tirar os olhos de Travis.

_ E então amiga? Preparada para se vingar a altura? – perguntou Miley, sua expressão não escondia a satisfação que ela estava sentindo ao me ajudar a dar o troco em Joe. Miley não é muito de travessuras, como Travis, mas ama rir dos seus resultados, quando lhe contei sobre as blusas de Joe, ela faltou morrer de tanto rir. Agora estávamos no meu quarto, limpo e sem baratas. Eu estava sentada na cadeira da escrivaninha, ainda sem coragem de deitar-me na cama, vai saber o que Joe aprontou novamente? Já Miley estava toda a vontade, sentada lá como se não tivesse risco nenhum.
_ Nasci para esse momento. – respondi. Miley riu com minha resposta e tirou um pacotinho da sua bolsa. _ Aqui esta tudo o que você precisa. – falou ela. _ Travis já te disse o que fazer? – perguntou.
_ Sim, claro. – respondi, pegando o pacotinho, com cuidado.
_ Você acha que o Joe vai desconfiar? – perguntou ela.
_ Talvez sim, talvez não... Acho que ele desconfiaria mais se fosse o Travis que tivesse vindo. Talvez ele não ache que duas belas moças são capazes de executar um plano maligno como esse. – falei rindo.
_ Você não presta menina. – disse Miley.
_ E então? Muitas festas que eu perdi? – perguntei, eu sinto tanta falta da minha vida de festas e saídas.
_ Não muitas, digamos que sem o grupo junto às festas não estão tão boas mais. – falou, deitando em minha cama, para poder se acomodar melhor.
_ Ainda sim, duvido que não esteja mais legal que passar o dia inteiro em casa, assistindo jornal com seu enfermeiro. – falei, Miley fez careta.
_ É, não tão ruim. – concordou. _ Mudando um pouco de assunto, você ficou sabendo da Hanna? – perguntou ela, sua expressão mostrava que o assunto agora era serio.
_ Não, eu não falei com ela desde que saí do hospital. – respondi.
_ Ela também esta fazendo fisioterapia, porém os médicos disseram que ela terá que ficar na cadeira de rodas. – falou ela, senti uma pontada de dor em meu coração, aquilo tudo era, em parte, minha culpa e agora uma das minhas melhores amigas poderia nunca mais voltar a andar. O peso da culpa se alojou em minhas costas e eu fiquei sem saber o que falar. _ A Hanna é forte, eu acho que ela sairá dessa, nem sempre os médicos estão certos. – Miley tentou me consolar, ela sabia que eu fiquei bem mal com isso.
_ E seu irmão, Trace, e a Alex? Eu não os vi depois do acidente, eles nem mesmo me ligaram.
_ Meu irmão foi o primeiro a sair do hospital e no outro dia já estava em saindo para balada, você sabe, ele não toma jeito. – disse ela rindo. Realmente Trace não para, ele conseguia ser mais fanático por festas e baladas que eu, se ele estivesse no meu lugar agora, sem poder ir a festas, por tempo indeterminado, ele já teria morrido. _ Já Alex ficou puta com o Travis e não conversa mais com ele, nem mesmo comigo, ela teve que cancelar várias apresentações de danças e ficou muito nervosa com isso. 
_ Acho que eu já esperava esta reação. – falei triste, por saber que, talvez, eu tenha perdido sua amizade. _ Acho que ela não deve tá nem querendo olhar na minha cara.
_ Awn amiga, não fique assim. – disse Miley, se levantando e vindo me abraçar na cadeira. _ Nós ainda estamos aqui.

                CONTINUA...


Postado, espero que tenham gostado, já vou avisando que o próximo capítulo será bem quente (no bom sentido), postarei até quarta-feira.
Quero ver todo mundo comentando ok?
Bjss.


Káh Lovatic: Fico feliz que tenha gostado. Postado. Muito obrigada por comentar. Bjss.
Yumi H. e Rafa S.: HAHAHAHA Bom... foi quase isso. Postado. Muito obrigada por comentar. Bjss linda.

Respostas aos comentários do post “Selinhos”:
Faanyh: Ei linda, muito obrigada pelo selo J Bjss.
Anônimo: Oi linda, seja bem vinda, fico feliz que tenha se interessado em ler o blog desde o começo e mais ainda que esteja gostando da fic Amor em guerra. Confesso que até reli o capítulo para poder entender o que você estava falando, e, realmente, lê-la com In Case de música de fundo é para abalar as estruturas. Espero que logo você alcance os capítulos de Aprendendo a Amar e espero que você goste também. Bjss.